Cerveja artesanal de alta fermentação adicionada de hibisco (Hibiscus sabdariffa)
BARBOSA, Samara Jéssica ; FALCI, Vinicius ; BARBETTA, Paulo Vinícius Carvalho ; Calliari, Caroline Maria
Resumo:
Cerveja é a bebida obtida por meio da fermentação alcoólica de mosto de cereal malteado, geralmente malte de cevada, sendo facultativa a adição de outra matéria-prima fonte de carboidratos, como milho, arroz ou trigo (SIQUEIRA, 2007). Esta bebida começou a ser produzida há mais de 5 mil anos por egípcios e sumérios, povos responsáveis por criar as mais antigas receitas conhecidas na época (LANGE; FORTY, 1999). No Brasil, o hábito de tomar cerveja foi trazido por D. João VI, durante a colonização pela família real portuguesa. A cerveja consumida nessa época era importada da Europa e somente em 1888 foi fundada na cidade do Rio de Janeiro a “Manufatura de Cerveja Brahma Villigier e Cia” e, posteriormente, na cidade de São Paulo, a “Companhia Antártica Paulista”
(VENTURINI, 2005).
Atualmente, uma ampla variedade de cervejas são produzidas e podem ser classificadas de acordo com o grau de fermentação. As cervejas do tipo Lager possuem um processo lento de fabricação, de baixa fermentação. Dentre elas estão a Pilsen, Dortmunder, Viena, Munique e a Bock, as mais comumente encontradas no Brasil (OETTERER, 2004). Por outro lado, as do tipo Ale, dentre as quais se destacam a Porter e a Stout, são fabricadas por meio de fermentação superficial ou “alta”, com sabor pronunciado de lúpulo, ligeiramente ácidas, e seu teor alcoólico varia de 4% a 8% (v/v). O processo de fermentação ocorre entre a temperatura de 20 °C e 25 °C, com duração de 2 a 5 dias e o armazenamento entre 4,5 °C e 8 °C (SIQUEIRA, 2007).
50 downloads
DOI: 10.5151/9788580392722-11
Referências bibliográficas
- AHMAD-RAUS, R.; JAMAL, P.; MOHD-ISA, E. S. Hibiscus sabdariffa aqueous
- extracts prevents progression of acute liver injury induced by acetaminophen.
- Tropical Agricultural Science, Malásia, v. 3, p. 511-520, 2011.
- BERBERT, S. Conheça a produção de lúpulo brasileiro. Revista Globo Rural, 28
- fev. 2017.
- BLOIS, M. S. Antioxidant determinations by the use of a stable free radical.
- Nature, v. 181, p. 1199-1200, 1958.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Decreto n. 6.871,
- de 4 de junho de 2009. Regulamenta a Lei n. 8.918, de 14 de julho de 1994,
- que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a
- produção e a fiscalização de bebidas. Diário Oficial da União da República
- Federativa do Brasil. Brasília, 2009.
- CEREDA, M. P. Cervejas. In: AQUARONE, E.; LIMA, U. A.; BORZANI, W. Alimentos
- e bebidas produzidos por fermentação. São Paulo: Edgar Blücher,
- 1983. p. 3-78.
- CERVEJARIA NACIONAL. Beija-flor - Wit Bier. Disponível em: <http://www.
- cervejarianacional.com.br/beijaflor/>. Acesso em: 2 maio 2015.
- DIEU du ciel! – Microbrewery. Rosée d’hibiscus (Pinkish Hibiscus). Disponível
- em: <http://micro.dieuduciel.com/en/beers.php>. Acesso em: 2 maio 2015.
- DMB – DRAGON MACRO BIER. Manual técnico Dragon Macro Bier. Pompeia,
- 2009.
- DRAGONE, G.; ALMEIDA e SILVA, J. B. Cerveja. In VENTURINI FILHO, W.
- G. Bebidas alcoólicas: Ciência e tecnologia. Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2010.
- p. 31-33.
- EBC – EUROPEAN BREWERY CONVENTION. Analytica – EBC. 4. ed. Zurique:
- Brauerei – und Getränke – Rundschau, 1987.
- GONÇALVES, B. Mercado de cervejas artesanais: hábitos de consumo. 2012. 14f.
- TCC – Universidade de Caxias do Sul, Vinhedos, 2012.
- GRIMOR. Grimor nº 21. Disponível em: <http://www.grimor.com.br/cervejas.
- html>. Acesso em: 2 maio 2015.
- IAL – INSTITUTO ADOLFO LUTZ (São Paulo). Procedimentos e determinações
- gerais. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto
- Adolfo Lutz, 2008. p. 83-158.
- LANGE, T.; FORTY, J. Cervejas. Tradução Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo:
- Nobel, 1999.
- LUDWIG, K. M.; OLIVA NETO, P.; ANGELIS, D. F. Quantificação da floculação
- de Saccharomyces cerevisiae por bactérias contaminantes da fermentação alcoólica.
- Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 21, n. 1, p. 63-68,
- jan./abr. 2001.
- MARTINS, S. M. Como fabricar cerveja. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1991.
- MATTOS, R. C. F. Efeito das variaveis de transporte e estocagem sobre a estabilidade
- sensorial de cervejas tipo Pilsen. 2007. 100f. Tese (doutorado) − Universidade
- Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos,
- Campinas, SP.
- MEGA, J. F.; NEVES, E.; ANDRADE, C. J. A produção da cerveja no Brasil. Ciên.
- Téc. Inov. e Op., v. 1, n. 1, p. 34, out./dez., 2011.
- OETTERER, M. Tecnologia de obtenção da cerveja. Aula ministrada na Universidade
- de São Paulo, 2004.
- ROSA, S. M. Malte, Lúpulo e Água: na simplicidade dos ingredientes das cervejas
- reside a magia de sua combinação. Rev. Adega, v. 34 n. 8, 26 ago. 2008.
- SANTOS, J. I. C.; DINHAM, R. P. O essencial em cervejas e destilados. São Paulo:
- Editora Senac São Paulo, 2006.
- SILVA, J. B. A. Cerveja. In: VENTURINI, W. G. Filho. Tecnologia de bebidas. São
- Paulo: Blucher, 2005. p. 353.
- SILVA, A. A. J. et al. Hibiscus: as cores da saúde. Revista Agropecuária Catarinense,
- Santa Catarina, v. 25, n. 2, p. 34-37, jul. 2012.
- SIQUEIRA, P. B. Estudo da cinética bioquímica e sensorial de diferentes tipos de
- cervejas brasileiras. 2007. 125f. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos)
- − Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de
- Campinas, Campinas, SP.
- SCHWARZ, A. R.; TELEGINSKI, F.; LACERDA, L. L. A cor da cerveja seus encantos
- e importância. Revista da Cerveja, Porto Alegre, n. 15, p. 34-35, mar.
- 2015.
- STRONG, G. et al. Diretrizes de estilo para cerveja do Beer Judge Certification
- Program (BJCP). Beer Style Guidelines – BJCP Inc., 2008.
- TSCHOPE, E. C. Microcervejarias e cervejarias: a história, a arte e a tecnologia.
- São Paulo: Aden, 2001.
- TROMMER, M. W.; COUTINHO, A. R. Análise do ciclo de vida do processo de
- produção da cerveja. Enegep, Salvador, 8 out. 2013.
- VENTURINI, W. G. Tecnologia de Bebidas: matéria-prima, processamento e BPF.
- São Paulo: Blucher, 2005.
- VILLANUEVA, N. D. M.; PETENATE, A. J.; SILVA, M. A. A. P. Performance of
- the hybrid hedonic scale as compared to the traditional hedonic, self-adjusting
- and ranking scales. Food Quality and Preference, Campinas, v. 16,
- p. 691-703, maio 2005.
- VIZZOTTO, M.; PEREIRA, M. C. Hibisco: do uso ornamental ao medicinal.
- 2008. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_4/hibisco/
- index.htm>. Acesso em: 20 out. 2014.
- ZUPPARDO, B. Uso de goma Oenogum para estabilização coloidal e de espuma
- em cerveja. 2010. 115f. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura
- “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP.
Como citar:
BARBOSA, Samara Jéssica; FALCI, Vinicius; BARBETTA, Paulo Vinícius Carvalho; CALLIARI, Caroline Maria; "Cerveja artesanal de alta fermentação adicionada de hibisco (Hibiscus sabdariffa)", p. 259-278. Tópicos em Ciências e Tecnologia de Alimentos: Resultados de Pesquisas Acadêmicas: Resultados de Pesquisas Acadêmicas - Vol. 3 - Vol. 3. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392722, DOI 10.5151/9788580392722-11