A CRISE DO MONOPÓLIO DA PRODUÇÃO DE PRODUTORES

CIPINIUK, Alberto;

Resumo:

Como vimos, as escolas de design concentram em si o monopólio da produção do capital simbólico do campo, pois são instituições detentoras dos saberes que definem a produção dos produtores do campo – os designers – e demais agentes do campo (agentes de recepção – o público consumidor – e agentes de circulação – os docentes e demais críticos). As escolas são, portanto, o lugar social onde se localiza e se instaura o monopólio dos textos, o monopólio do direito de manifestação correta ou verdadeira sobre o design e das exibições do genuíno design, isto é, a escola tem o monopólio do dogma ou da doxa. A escola possui o direito de exercer a violência simbólica para manutenção de uma visão de mundo – o mundo do design. Os docentes, os pares da escola, se investiram da missão de nomear quem serão os outros pares do campo, e essas autodenominadas autoridades superiores controlam os cânones ou as regras do design, as regras da crença. Elas devem manter firmes as fronteiras que definem o que é e o que não é design. Ocorre que humildemente estou apontando que essa cidadela está desmoronando e, nesse sentido, os meus escritos se propõem como uma colaboração.

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DOI: 10.5151/9788580392685-23

Como citar:

CIPINIUK, Alberto; "A CRISE DO MONOPÓLIO DA PRODUÇÃO DE PRODUTORES", p. 171 -173. In: O campo do design e a crise do monopólio da crença. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392685, DOI 10.5151/9788580392685-23