“A escrita como exercício em processos formativos” [...] é uma obra tocada adiante por pesquisadoras e pesquisadores que se formam na e pela escrita, lançando mão de escritas endereçadas, que buscam os olhos, os ouvidos, as escamas e a pele de seus interlocutores, sejam eles humanos ou não humanos: uma escrita endereçada, como diria talvez Haraway (2019), no Chthuluceno, nesse mundo em que nos tornamos-com uns com os outros, seres híbridos, tecidos em emaranhados de relações heterogêneas. A tarefa é nutrir e cultivar relações heterogêneas, abrindo mão da posição privilegiada do olho de deus que tudo julga e a todos condena, sem jamais se localizar.”Marcia Moraes, excerto do Prefácio