Os cabelos brancos nascem na minha cabeça negra
Santana, Jonas Mendonça ; Andrade, Douglas Roque
Resumo:
Por que escrevo? Qual é a regra? Não tem regra, desde que seja por escrito. Essa era a única regra dada como orientação para a produção do trabalho final da disciplina Filosofia da Ciência, do doutorado, do Programa de Mudança Social e Participação Política na USP Leste. Mas como escreveria catarses? Essa disciplina não foi algo comum! Como escrever sentimentos desorganizados? “Quero tentar falar sobre essa experiência!” Nesse mundo colonizado, o sentir vale menos que o pensar. Sempre me dizem para ir à direita, que é o direito, o correto. O pensar é mais poderoso que o sentir; ter e demonstrar sentimentos é perigoso, é vergonhoso, é sigiloso. Mas como sou do contra, quero ir para o outro lado, o frágil, o duvidoso, o coerente. E como a regra é uma só, então tentarei pular no abismo do Boaventura. Não mais resistirei às minhas tripas que sempre dizem para eu pular. Sair dessa zona de conforto e me confrontar comigo e com os outros. Nessa micropolítica dos meus pés com os dos outros, Busco compreender melhor quem sou eu e quem são os outros.
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DOI: 10.5151/9786555503265-03
Referências bibliográficas
- BENTO, C. O pacto da branquitude. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
- BUTLER, J. Problemas de g.nero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização
- Brasileira, 2003.
- DUSSEL, E. 1492: o encobrimento do outro – a origem do mito da modernidade. Conferências
- de Frankfurt. Petrópolis: Vozes Editora, 1993.
Como citar:
SANTANA, Jonas Mendonça; ANDRADE, Douglas Roque; "Os cabelos brancos nascem na minha cabeça negra", p. 38-55. Conhecimento para quê? Conhecimento para quem?. São Paulo: Blucher, 2024.
ISBN: 9786555503265, DOI 10.5151/9786555503265-03