Resumo:

Desde a revolução industrial, o consumo de objetos pela sociedade só fez aumentar. Nos vemos agora diante de um cenário insustentável, uma vez que “o desenvolvimento sustentável é, evidentemente, incompatível com o jogo sem restrições das forças do mercado” (SACHS, 2009, p. 55). Há nesse sentido um grande questionamento sobre qual caminho seguir. Faz sentido para os designers continuar projetando sem uma avaliação mais crítica sobre a forma como consumimos? Qual a atual meta do design? Qual o seu atual propósito? Para que possamos verdadeiramente avançar em termos de sustentabilidade se faz necessário uma mudança mais profunda de paradigma e comportamento. Mas, para isso, é preciso sair da nossa zona de conforto. O que por si só se configura como uma tarefa árdua, uma vez que “é natural no homem o ser livre e o querer sê-lo; mas está igualmente na sua natureza ficar com certos hábitos que a educação lhe dá” (BOÉTIE, 1548).