ACESSIBILIDADE ATITUDINAL: UMA CONTRIBUIÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

FELIX, Priscila;

Resumo:

Acessibilidade atitudinal pode ser compreendida pelas ações pessoais de alguém diante da deficiência do outro. Esse tipo de acessibilidade vai além do discurso e não é representada apenas por leis, mas sim, por uma atitude humani-tária e sensata no intuito de ampliar as possibilidades da pessoa com deficiência, garantindo dignidade e segurança. Devemos nos perguntar: Quando somos aces-síveis? Quais os recursos que utilizamos para tal acessibilidade? É preciso pensar na facilidade de acesso, no uso dos ambientes e serviços em diferentes contextos para que uma atitude pessoal seja acessível a quem dela precisar. Ter uma atitude acessível diante de uma pessoa com autismo é adaptar-se de forma funcional e humana às características que tanto prejudicam as trocas sociais e comunicativas destas pessoas em diferentes contextos. Nesse estudo será apresentada uma refle-xão acerca da acessibilidade atitudinal e as contribuições da fonoaudiologia na comunicação e no contexto sociocomunicativo de uma pessoa com autismo. O uso de comunicação suplementar alternativa será destacado na compensação de uma ausência ou deficiência da linguagem verbal. Concluiu-se que as adaptações devem ser feitas individualmente, ajustando recursos conforme a necessidade e que a acessibilidade atitudinal está relacionada às características humanitárias bem como à conscientização da população e também da família frente a esta rea-lidade. Pressupõe-se que é preciso uma análise crítica entre o que lemos, observa-mos e experimentamos, tornando possível revelar uma atitude realmente acessível a quem dela precisar.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580391329-09

Referências bibliográficas
  • ACOSTA, V.M. et al. Avaliação da linguagem: teoria e prática do processo de avaliação do comportamento linguistico infantil. São Paulo: Livraria Santos edi-tora Ltda, 2003.American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5ºed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. CAMARGOS, W. (coord). Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º. Milê-nio, p.23-25. Brasília: CORDE, 2002.CAPOVILLA, F.C. Relações psicolinguísticas entre itens de comunicação alterna-tiva (figuras-sinais) e palavras na transição da comunicação alternativa à alfabe-tização em paralisia cerebral e surdez. In: DELIBERATO, D. et al. Comunicação alternativa: teoria, prática, tecnologias e pesquisa. Memnon, São Paulo, 2009. FELIX, P. e YONEDA, J., Músicas Ilustradas como Recurso Terapêutico e Pe-dagógico para o processo ensino-aprendizagem de crianças autistas. Rev. Cient. Cent. Univ. Barra Mansa - UBM, v15, n29, p 4-10, 2013.FELIX, P., A comunicação e todos. In: SILVA, A.C. Flor Branca: As aventuras de um pai com sua filha autista. .Rio de Janeiro: Publit, 34-42, 2014.FROSTY, L. e BONDY, A. The Picture Exchange Communication System. Ne-wark: Pyramid, 2002.GLAT, R. Questões atuais m educação especial: a integração social dos portado-res de deficiências: Uma reflexão. Rio de Janeiro: Livraria Sette letras, v.1, 1995. HAGE, S.R.V. Avaliando a linguagem na ausência de oralidade: estudos psicolin-guísticos. 2ª ed. Bauru: EDUSC, 2004.LAMPREIA, C. e LIMA, M.M.R. Instrumento de vigilância precoce do autismo: manual e vídeo. Rio de Janeiro: PUC Rio, 2008.MARX, K. & ENGELS, F. A ideologia Alemã. São Paulo: Hucitec, 1999. MENDES, E. Comunicação alternativa: formar para mudar atitudes. In: DELI-BERATO, D. et al. Comunicação alternativa: teoria, prática, tecnologias e pesqui-sa. São Paulo: Memnon, 2009.NUNES, Leila Regina d´Oliveira de Paula; QUITERIO, Patrícia Lorena; Catia WALTER, Crivelenti de Figueiredo; SCHIRMER, Carolina Rizzotto Schirmer; BRAUN, Pátricia. (Org.) Comunicar é preciso: em busca das melhores práticas na educação do aluno com deficiência. Marília: ABPEE, 2001.NUNES, Leila Regina d´Oliveira de Paula. Favorecendo o desenvolvimento da comunicação em crianças e jovens com necessidades educacionais especiais. Rio de Janeiro: Dunya, 2003.ORRÚ, Sílvia Ester. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidia-no escolar. Rio de Janeiro: Wak editora, 2012.ORRÚ, Sílvia Ester. Autismo: O que os pais devem saber? Rio de janeiro: Wak editora, 2009.SUPLINO, Marise. Vivências inclusivas de alunos com autismo. Rio de janeiro: Diferenças, 2009.SUSSMAN, F. More than words. Canada: The Beacon Herald Fine Printing Divi-sion, 2004.TETZCHNER, S.V. Suporte ao desenvolvimento da comunicação suplementar e alternativa. In: DELIBERATO, D. et al. Comunicação alternativa: teoria, prática, tecnologias e pesquisa. São Paulo: Memnon, 2009.VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Como citar:

FELIX, Priscila; "ACESSIBILIDADE ATITUDINAL: UMA CONTRIBUIÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO", p. 67 -76. In: Autismo: Vivências e Caminhos. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: 9788580391329, DOI 10.5151/9788580391329-09