A base nacional comum curricular: implicações para a formação de professores/as de línguas(gens)

SZUNDY, Paula Tatianne Carréra

Resumo:

Com o intuito de compreender e problematizar possíveis desdobramentos da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para a formação de professores/as de línguas(gens), o presente capítulo foca nos sistemas ideológicos que embasam as propostas da BNCC na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, mais especificamente nas orientações que o documento traz para os componentes curriculares Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna. As reflexões acerca das implicações desse documento oficial para a formação docente situam-se em diálogos que venho, como linguista aplicada, tecendo entre a análise dialógica do discurso desenhada pelo Círculo de Bakhtin, a concepção de ideologia linguística e a perspectiva ideológica dos novos letramentos. Partindo, portanto, do interjogo dialético entre ideologias do cotidiano e sistemas ideológicos historicamente cristalizados (Voloshinov, 1929 [1998]), da compreensão de ideologias linguísticas como concepções sobre línguas(gens) que orientam e (des) legitimam as (inter)ações com as e acerca das diferentes semioses no mundo social (Woolard, 1998; Kroskrity, 2004) e de uma perspectiva ideológica dos letramentos (Street, 1984, 2009, 2014), busco, no exercício interpretativo de criar inteligibilidades
acerca das ideologias refratadas na BNCC, problematizar as práticas de letramentos (des)legitimadas de modo a refletir sobre possíveis implicações do documento para processos de formação de professores/as de línguas(gens).

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DOI: 10.5151/9788580392708-04

Como citar:

SZUNDY, Paula Tatianne Carréra; "A base nacional comum curricular: implicações para a formação de professores/as de línguas(gens)", p. 77-98. Diálogos (im)pertinentes entre formação de professores e aprendizagem de línguas. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392708, DOI 10.5151/9788580392708-04