Discurso político e retórica: atemporalidade e passionalidade
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Pré-textuais
Capítulos
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01 - Política e atemporalidade
PDF - p.17-58
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02 - Retórica e passionalidade
PDF - p.59-86
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03 - Discursos atemporais e passionais
PDF - p.87-116
Pós-textuais
A política, tal qual conhecemos hoje, é fruto de mais de dois milênios de história. A Grécia antiga, ao escantear os deuses e buscar no discurso as soluções relacionadas aos problemas da coexistência, trouxe um modelo mais humano para a organização da vida em sociedade: a mudança de uma prática política mediada por símbolos, com o uso da força mítico-religiosa, para outra mediada pela razão, com o uso da força argumentativa. De lá para cá, esse modelo nem sempre foi a base nas estruturas políticas, mas, independentemente da concepção adotada, menos ou mais democrática, o exercício da política sempre foi o lugar em que poucos regularam a vida da maioria e os discursos apelaram às paixões, especialmente ao medo e à esperança. Ora somente o medo, ora somente a esperança e, por vezes, a esperança como antídoto ao medo.