Um caminho para novas políticas linguísticas das variedades do português brasileiro

ABREU, Ricardo Nascimento

Resumo:

Inegavelmente, os últimos anos do século XX e as duas primeiras décadas do século XXI foram os momentos nos quais estudos em Políticas Linguísticas ganharam maior envergadura no Brasil. Mesmo ressentindo-se de um maior aporte teórico de pesquisas nacionais no campo da Sociologia da Linguagem, esses estudos buscaram, desde logo, estabelecer laços com a Sociolinguística e com a Linguística Aplicada, no campo dos estudos da linguagem e, de forma transdisciplinar, com diversos campos do saber, a exemplo da Antropologia, da Sociologia, do Direito, da História, isso só para citar alguns.
Já é possível encontrar, em terras brasileiras, em maior ou menor grau, debates acadêmicos, em nível de graduação e de pós-graduação, acerca das políticas linguísticas nacionais; certo ativismo político-linguístico, nas comunidades falantes de línguas indígenas e de imigração e nas populações falantes das línguas de sinais; algumas iniciativas legislativas no âmbito dos entes federativos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), bem como a judicialização de questões que possuem, direta ou indiretamente, ligações com conflitos de natureza linguística e a ausência e/ou a ausência de clareza das políticas linguísticas que estão sendo desenvolvidas em território nacional.

9 downloads

COMUNICACAO, LINGUISTICA

DOI: 10.5151/None-07

Referências bibliográficas
  • ABREU, Ricardo Nascimento. Prolegômenos para a compreensão dos direitos linguísticos: uma leitura a partir da Constituição da República Federativa do Brasil. In. FREITAG, Raquel Meister Ko. Tendências teórico-metodológicas da Sociolinguística no Brasil. São Paulo: Blucher, 2016.
  • BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Parábola, 2015.
  • BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 10 jun. 2015.
  • BRASIL. Decreto 7.387 de 09 de dezembro de 2010: Institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7387.htm>. Acesso em: 10 jun. 2015.
  • BRASIL. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Guia de pesquisa e documentação para o INLD: patrimônio cultural e diversidade linguística. Vol I. Brasília, 2014.
  • LUCCHESI, Dante. Língua e sociedade partidas: a polarização sociolinguística do Brasil. São Paulo: Contexto, 2015.
  • SOUSA, Socorro Cláudia Tavares de; ROCA, Maria del Pilar. Políticas linguísticas: declaradas, praticadas e percebidas. João Pessoa: Editora da UFPB, 2015.
  • SPOLSKY, Bernard. Language Policy. New York: Cambridge, 2013.
Como citar:

ABREU, Ricardo Nascimento; "Um caminho para novas políticas linguísticas das variedades do português brasileiro", p. 123-136. A fala nordestina: entre a sociolinguística e a dialetologia. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: None, DOI 10.5151/None-07