Paisagens sociais do oitocentos

Aragão, Solange de

Resumo:

Ao primeiro capítulo de Sobrados e mucambos, Gilberto Freyre confere o seguinte título: “O sentido em que se modificou a paisagem social do Brasil patriarcal durante o século XVIII e a primeira metade do século XIX”.
Um geógrafo, quando analisa a paisagem, considera seus “estratos”. Parte da paisagem natural (aquela que não sofreu qualquer tipo de intervenção humana), investiga e analisa a paisagem cultural (aquela que foi alterada pelo homem, por um povo, por uma comunidade), e estuda, enfim, a paisagem urbana (que passou por uma modificação bastante expressiva e apresenta diversos estratos sobrepostos ao longo do tempo, com as construções mais recentes dispostas ao lado de construções mais antigas, com o asfalto sobre ruas de paralelepípedos que a princípio eram de terra). Como método de análise, considera os componentes naturais e os componentes construídos (edificações, ruas, praças, jardins) separadamente, embora tenha consciência de que aparecem integrados na paisagem. Do ponto de vista geográfico, toda paisagem, indistintamente, está em contínuo processo de transformação.

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Arquitetura, ensaio

DOI: 10.5151/9788580391787-04

Como citar:

ARAGÃO, Solange de; "Paisagens sociais do oitocentos", p. 79-86. Ensaio sobre a Casa Brasileira do Século XIX - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580391787, DOI 10.5151/9788580391787-04