História em quadrinhos: um gênero para sala de aula

Assis, Lúcia Maria de ; MARINHO, Elyssa Soares

Resumo:

No final do século XIX, na Europa, surgem as histórias em quadrinhos. Naquele momento, os desenhistas desenvolviam ilustrações para compor um texto sem passagens escritas, somente visual. No Brasil, apesar de os primeiros quadrinhos datarem de 1869, com Angelo Agostini, criador do personagem Nhô Quim em viagem de Minas Gerais à corte no Rio de Janeiro, acredita-se que a revista Tico-Tico, lançada em 1905, tenha sido a primeira a apresentar histórias completas. Essa revista foi lançada pela editora O Malho, no dia 11 de outubro, marcando o início das publicações em quadrinhos dedicadas às crianças no Brasil.

As histórias em quadrinhos consolidam-se, no Brasil e no mundo, como enredos narrados quadro a quadro, com ampla utilização de textos verbais e não-verbais, bem como do discurso direto, característico da língua falada. Constituem- se, portanto, como um gênero discursivo secundário que, de acordo com Bakhtin (1997), aparece, normalmente, em circunstâncias de comunicação cultural na forma escrita e engloba gêneros discursivos primários correspondentes a circunstâncias de comunicação verbal.

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COMUNICACAO, LINGUISTICA

DOI: 10.5151/None-08

Como citar:

ASSIS, Lúcia Maria de; MARINHO, Elyssa Soares; "História em quadrinhos: um gênero para sala de aula", p. 115-126. Linguagem e ensino do texto: teoria e prática. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: None, DOI 10.5151/None-08