ESCOAMENTO DE GRÃOS EM SILOS

Reis, F. A.; Silva, A. C.; Silva, E. M. S.; Bicalho, A. C.;

Resumo:

O manuseio de grãos sempre exige uma forma de estocagem que impede a perca de material e facilite as operações posteriores, a qual, muitas das vezes, é feita em silos ou pilhas. Estas possuem algumas desvantagens, pois expõem o material ao ambiente e dificulta a alimentação de operações à jusante. Já os silos, mantem as partículas num volume fechado e orienta o fluxo de descarga para um orifício, sendo uma alternativa muito eficiente no aproveitamento de finos e no manuseio posterior. Entretanto, o conhecimento de propriedades das partículas como massa específica, tamanho, ângulo de fricção e atrito é extremamente importante, pois, em combinação com a geometria do silo e a quantidade de material, podem gerar arcos de tensões no descarregamento e impedir o fluxo. O trabalho foi desenvolvido neste sentido para encontrar relações entre o tempo de escoamento e tais variáveis. Aquelas referentes à geometria do equipamento se restringiram ao diâmetro do orifício de descarga, inclinação da parte cônica (tremonha) e a altura da mesma. Nas simulações, percebeu-se a importância da escoabilidade das partículas no tempo de descarga, o que está condicionado, principalmente, pela granulometria do material e ângulo de escoamento. A umidade e o tempo que o pacote granular permanece dentro do silo antes de ser descarregado foram desprezados, porém podem influenciar no tempo de descarga.

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DOI: 10.5151/9788580391138-V3_Cap10

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Como citar:

REIS, F. A.; SILVA, A. C.; SILVA, E. M. S.; BICALHO, A. C.; "ESCOAMENTO DE GRÃOS EM SILOS", p. 153 -169. In: Coletânea Interdisciplinar em Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação - vol. 3. São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 978-85-8039-113-8, DOI 10.5151/9788580391138-V3_Cap10