Resumo:
Neste e no próximo capítulo, serão analisadas as revistas A Cigarra e A Bruxa, com ênfase em seus projetos gráficos. Foram levantadas questões técnicas, tais como o formato, o modo de produção e impressão de textos e imagens e informações publicadas em suas edições sobre sua produção e colaboradores. O objetivo principal é investigar as características gráficas dessas revistas e, a partir da análise de suas páginas e dos elementos empregados, obter informações sobre como eram projetadas, quais foram suas limitações e as inovações que propuseram. Pretende-se, ainda, mostrar a trajetória das revistas A Cigarra e A Bruxa, destacando informações e acontecimentos relevantes, obtidos em seus próprios textos.
A Cigarra começou a circular no Rio de Janeiro, então capital da República, em 9 de maio de 1895, e teve vida breve, deixando de ser publicada menos de um ano depois, em 16 de janeiro de 1896. Seu proprietário era um banqueiro e sportsman, Manoel Ribeiro Junior (magalhães jr., 1974, p. 189), com recursos suficientes para que a revista tivesse um início próspero e luxuoso. A Cigarra tinha periodicidade semanal, saía todas as quintas-feiras, e sua redação localizava- se à Rua do Ouvidor, nº 115. Já nasceu com prestígio, considerando seu nobre endereço e seu corpo editorial, que contava com a redação do poeta e escritor Olavo Bilac, ilustrações de Julião Machado e colaboradores famosos, como o escritor Coelho Netto.
Como citar:
FONSECA, Letícia Pedruzzi; "Capítulo 3 - A Cigarra: trajetória e análise gráfica", p. 129-182. Uma revolução gráfica: Julião Machado e as revistas ilustradas no Brasil, 1895-1898: Julião Machado e as revistas ilustradas no Brasil, 1895-1898 - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: 9788580391978, DOI 10.5151/9788580391978-03