A VARIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL EM FEIRA DE SANTANA: O EFEITO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICAS

Lopes, Norma da Silva;

Resumo:

O português brasileiro faz a concordância nominal de número no sintagma nominal de forma diferente do português europeu. Enquanto no português europeu a marca de plural ocorre em todos os elementos flexionáveis do sintagma em praticamente todos os falantes e contextos, isso não acontece no português brasileiro, em que a escolha recai, em muitos casos, sobre a variante zero. Scherre (1988), Lopes (2011), dentre outros, identificaram grupos de fatores que favorecem a concordância padrão (marca –S nos elementos flexionáveis do sintagma), entre eles a , a , as - variáveis linguísticas - e a , a - variáveis extralinguísticas. Neste texto, busca-se relacionar a escolha da variante a experiências de vida, viagens, expectativas de vida, visão de mundo, traços relacionados a comunidades de práticas que os falantes vivenciam no seu dia a dia. Observa-se a fala popular na zona urbana de Feira de Santana, com a utilização de dados das entrevistas gravadas do projeto ‘A língua portuguesa no semiárido baiano’.

Capítulo:

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DOI: 10.5151/9788580391176-0002

Referências bibliográficas
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Como citar:

LOPES, Norma da Silva; "A VARIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL EM FEIRA DE SANTANA: O EFEITO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICAS", p. 29 -44. In: Linguagem, Sociedade e Discurso. São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 978-85-8039-117-6, DOI 10.5151/9788580391176-0002