A relação das línguas com a construção do Estado-nação angolano
Oliveira, Heloísa Tramontim de
Resumo:
Muitos estudos sobre políticas linguísticas modernas dedicam-se ao conceito e à construção dos Estados nacionais. Tal fato é atribuído à ideia de “unidade” que se vincula a essa construção: uma língua, um povo, uma nação. Os nacionalistas angolanos que contestaram vigorosamente a política de alienação cultural, procedente do colonialismo português, em detrimento do nascimento do “homem novo” e de uma “angolanidade”, que se encontrava até então oprimida, tiveram que se haver com a decisão de construção de um novo Estado independente. A língua portuguesa, até então cenário de muitos conflitos e objeto originário de dominação e estímulo para as disputas em prol da nacionalização, foi, então, nomeada como a língua oficial de Angola, na justificativa de reduzir “os conflitos linguísticos-interétnicos e estabelecer relações internacionais fundadas numa língua comum” (JORGE, 2013, p. 119).
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DOI: 10.5151/9788580392111-14
Como citar:
OLIVEIRA, Heloísa Tramontim de; "A relação das línguas com a construção do Estado-nação angolano", p. 219-240. Kadila: culturas e ambientes - Diálogos Brasil-Angola: culturas e ambientes - Diálogos Brasil-Angola - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: 9788580392111, DOI 10.5151/9788580392111-14