A LÍNGUA FALADA EM ALAGOAS: COLETA E TRANSCRIÇÃO DOS DADOS

VITÓRIO, Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar;

Resumo:

Ao se interessar pelo estudo da língua dentro do contexto social da comunidade de fala, a Sociolinguística Variacionista não só vê a língua como um fator importante na identificação e na demarcação de diferenças sociais na comunidade, como também sugere um modelo que analisa o uso variável dos fenômenos linguísticos e os condicionamentos linguísticos e sociais que interferem nesse uso, proporcionando descrições mais adequadas da língua em uso pelos falantes (LABOV, 2008 [1972]).Para tanto, faz-se necessário constituir amostras sincrônicas e/ou diacrônicas da língua usada em comunidades de fala heterogêneas, tendo em vista que, para a sistematização de uma regra variável, o pesquisador sociolinguista, de acordo com Campoy e Almeida (2005), Tagliamonte (2006) e Guy e Zilles (2007), precisa definir a variável dependente e as variáveis independentes, delimitar a amostra e constituir o corpus, transcrever, codificar e quantificar os dados e, por fim, interpretar e explicar os resultados obtidos.Neste texto, apresentamos a metodologia e os pressupostos norteadores do trabalho de campo sociolinguístico empreendido para a constituição de uma amostra sincrônica da língua falada no estado de Alagoas. Para tanto, seguimos os pressupostos teórico-metodológicos básicos apresentados em Guy e Zilles (2007) e focalizamos nossa discussão em quatro momentos distintos desse processo, a saber, delimitação da comunidade estudada, constituição do corpus e estratificação da amostra, coleta dos dados e transcrição dos dados.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/BlucherOA-MCMDS-4cap

Referências bibliográficas
  • CAMPOY, J; ALMEIDA, M. Metodología de la investigación sociolingüística. Granada: Editorial Comares, 2005.
    BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Disponível em: www. Ibge.gov. br. Acesso em: set. 2010.
    BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – PNAD/2009. Disponível em: www. Ibge.gov. br. Acesso em: set. 2010.
    DE PAULA, A. O trabalho de campo sociolinguístico. In: COSTA, J.; SANTOS, R.; VITÓRIO, E. (Org.). Variação e mudança linguística no estado de Alagoas. Maceió: EDUFAL, 2011, p. 29-41.
    GUY, G.; ZILLES, A. Sociolingüística quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
    LABOV , W. Padrões sociolingüísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008 [1972].
    MILROY, L.; MILROY, J. Social network and social class: toward an integrated sociolinguistic model. Language in Society, v. 21, n. 1, p. 1-26, 1992.
    TAGLIAMONTE, S. Analysing sociolinguistic variation: key topics in sociolinguistic. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
    VITORIO, E. Ter/haver existenciais na fala alagoana: variação estável ou mudança em progresso?. Tese (Doutorado em Linguística). PPGLL/UFAL, 2012.
Como citar:

VITÓRIO, Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar; "A LÍNGUA FALADA EM ALAGOAS: COLETA E TRANSCRIÇÃO DOS DADOS", p. 21 -25. In: Metodologia de Coleta e Manipulação de Dados em Sociolinguística. São Paulo: Blucher, 2014.
ISBN: 978-85-8039-086-5, DOI 10.5151/BlucherOA-MCMDS-4cap