A História da Gramática no Brasil: do normativo ao científico
GUIMARÃES, Eduardo
Resumo:
Faz parte dos debates das ciências humanas e sociais hoje a questão da diversidade linguística, da diversidade histórica e social. Esses debates costumam se colocar como parte do debate sobre as minorias. Eles, no entanto, poucas vezes fazem incidir na discussão seu aspecto efetivamente político. Inclusive porque a dimensão política é, em geral, tomada no sentido de controle ou denúncia. Ou seja, a discussão se dá a partir de posições que, de fato, negam o político, fazendo-o se apresentar como aquilo que Rancière chama de o arquipolítico ou o metapolítico.
Pensando em contribuir com alguns elementos para a melhor qualificação deste debate, notadamente nas ciências da linguagem, vou me ocupar de uma conjuntura não atual.
Tomando como ponto de partida o momento da colocação em curso da gramatização da língua portuguesa no Brasil, no século XIX, e considerando que já em 1907 podemos reconhecer que os gramáticos brasileiros já se “veem” numa história brasileira, vamos tomar um momento particular nesta história na década de 1920. Minhas análises se darão fundamentalmente sobre três obras: a Gramática Secundária da Língua Portuguesa de Sai Ali (1924); O linguajar carioca, de Antenor Nascentes (1922); e O dialeto caipira, de Amadeu Amaral (1920).
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DOI: 10.5151/9788580391824-02
Como citar:
GUIMARÃES, Eduardo; "A História da Gramática no Brasil: do normativo ao científico", p. 43-56. Rumos da linguística brasileira no século XXI - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: 9788580391824, DOI 10.5151/9788580391824-02