A casa brasileira nos anúncios de jornal

Aragão, Solange de

Resumo:

Em Raízes do Brasil, ao estabelecer uma comparação entre a vida intelectual na América Espanhola e a vida intelectual no Brasil, Sérgio Buarque de Holanda chama atenção ao surpreendente contraste entre as Américas (espanhola e portuguesa) no que diz respeito à introdução da imprensa – importante instrumento de cultura. Em 1535 já se imprimiam livros na Cidade do México e no ano de 1584 foi autorizada a criação de uma oficina impressora em Lima, no Peru; todas as principais cidades da América espanhola possuíam estabelecimentos gráficos por volta de 1747, quando surgiu no Rio de Janeiro a oficina  de Antônio Isidoro da Fonseca – fechada logo em seguida por ordem real. No Brasil, os livros e papéis impressos vinham do reino, não sendo permitida sua impressão sequer nos centros urbanos de maior importância. A introdução da imprensa brasileira remonta às primeiras décadas do século XIX, com a chegada da Família Real.

O primeiro periódico editado por brasileiro (Hipólito José da Costa) foi o Correio Braziliense ou Armazem Literario, que era, entretanto, impresso em Londres. Tratava de assuntos políticos, comerciais, literários e científicos, tendo sido publicado de 1808 a 1822. Mas o primeiro jornal do Brasil, ou o primeiro jornal impresso em terras brasileiras, foi a Gazeta do Rio de Janeiro, cujo número inicial foi publicado a 10 de setembro de 1808 – meses depois da criação da Impressão Régia no Rio de Janeiro, a 13 de maio desse mesmo ano.

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Arquitetura, ensaio

DOI: 10.5151/9788580391787-06

Como citar:

ARAGÃO, Solange de; "A casa brasileira nos anúncios de jornal", p. 123-172. Ensaio sobre a Casa Brasileira do Século XIX - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580391787, DOI 10.5151/9788580391787-06