A casa brasileira do século XIX

Aragão, Solange de

Resumo:

A casa brasileira do século XIX foi o sobrado, o mucambo, a casa térrea, a casa assobradada, a casa de esquina (ou casa de canto de rua), a casa com negócio, a casa nobre, a casa de sítio, a casa de chácara, a casa da roça, a casa de campo; a casa de pedra, a casa de taipa, a casa de tijolo, a casa de pau-a-pique e sapé; a casa de janela de rótula – substituída pela vidraça, a casa dos muxarabis e gelosias; a casa cujos tigres anteriormente carregados pelos escravos todo fim de tarde foram substituídos  por aparelhos sanitários com a implantação de sistemas de coleta de esgoto e, por outro lado, a casa que passou a usufruir de sistemas de distribuição de água; a casa cujo jardim que ficava no fundo do lote, junto às árvores de fruto, passou para a área lateral do terreno e, em seguida, para o recuo frontal, provido principalmente de plantas ornamentais; a casa cujos beirais, às vezes largos, às vezes mais estreitos, foram substituídos por platibandas e cuja fachada recebeu ornamentos neoclássicos ou ecléticos; a casa onde a senzala ou os quartos de escravos foram substituídos por dormitórios de empregada; a casa onde as alcovas deram lugar a quartos iluminados e ventilados com o afastamento da construção dos limites laterais do terreno; a casa tradicional que aos poucos se europeizou (ou re-europeizou).

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Arquitetura, ensaio

DOI: 10.5151/9788580391787-10

Como citar:

ARAGÃO, Solange de; "A casa brasileira do século XIX", p. 259-264. Ensaio sobre a Casa Brasileira do Século XIX - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580391787, DOI 10.5151/9788580391787-10