A ANTIGA CONCORRÊNCIA ENTRE AS FORMAS VERBAIS TER E HAVER: VARIAÇÃO E RETENÇÃO
Coelho, Sueli Maria
Resumo:
A despeito de o falante nem sempre ter consciência do caráter dinâmico da língua, ele é o agente implementador da variação e da mudança linguística, já que é aquele que, ao longo do processo, detém o poder de permitir que uma variante inovadora se mantenha como tal ou venha a configurar uma mudança. A generalização sociolinguística de que nem toda variação acarreta mudança aplica-se à vivaz concorrência entre as formas verbais ter e haver na Língua Portuguesa. Se, em alguns contextos, tais formas comportam-se como variantes linguísticas, por serem dotadas do mesmo valor de verdade, em outros, porém, especialmente naqueles em que a forma simples já se gramaticalizou em auxiliar de modalidade, parece haver restrições quanto à equivalência funcional, o que inviabiliza a afirmação de que, em tais contextos, as formas são concorrentes, conforme ilustram estes contextos (continua).
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DOI: 10.5151/9788580391176-0001
Referências bibliográficas
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Como citar:
COELHO, Sueli Maria; "A ANTIGA CONCORRÊNCIA ENTRE AS FORMAS VERBAIS TER E HAVER: VARIAÇÃO E RETENÇÃO", p. 9-28. Linguagem, sociedade e discurso. São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 9788580391176, DOI 10.5151/9788580391176-0001