Rebordar o “eu”: bordado manual, da obediência à resistência
Machado, Clícia Ferreira ; Oliveira, Mirtes Cristina Marins de
Resumo:
Este artigo, recorte de uma pesquisa de doutorado em curso, discute a problemática do bordado manual como resistência, modo de expressão e luta de pautas femininas. Argumenta-se que, apesar do elo do bordado com o ideal de feminilidade, simultaneamente, produziram-se forças de oposição às limitações impelidas por esse modelo. Partindo da análise de Para mim, a escultura é o corpo o corpo é minha escultura (2012), da artista Nazareth Pacheco (1961-), que empregou a roupa bordada como plataforma artística e cuja interface objeto-procedimento referencia ao universo feminino, apresenta-se como a articulação entre técnica e artefato atuam de modo subversivo – inclusive, em relação ao dispositivo moda. Destaca-se a relevância deste ensaio por sua abordagem sobre o bordado na formação da identidade e representações do feminino e a questão da desigualdade de gêneros. Espera-se contribuir para ampliar a reflexão a respeito das potencialidades estéticas do bordado, na arte e no design contemporâneo, como linguagem de manifestações feministas e provocar questionamentos sobre narrativas estereotipadas das mulheres. Subsidia a pesquisa, breve quadro da história do bordado manual. Para examinar a obra, utilizou-se o método descritivo e a correlação da análise às teorias que embasam este estudo.
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DOI: 10.5151/9786555503685-09
Referências bibliográficas
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Como citar:
MACHADO, Clícia Ferreira; OLIVEIRA, Mirtes Cristina Marins de; "Rebordar o “eu”: bordado manual, da obediência à resistência", p. 128-139. CIMEC - 1º Congresso Internacional de Moda & Economia Criativa. São Paulo: Blucher, 2025.
ISBN: 9786555503685, DOI 10.5151/9786555503685-09