A formação da população parda amazonense e o movimento pardo local: uma discussão sobre a identidade racial parda no Amazonas

Santos, Denis Moura dos

Resumo:

Formação da população do Amazonas nos séculos XVII a XIX A colonização portuguesa onde hoje é a cidade de Manaus foi iniciada a partir do desembarque de Pedro Teixeira e a construção do Forte de São José do Rio Negro, em 1669, por Francisco Mota Falcão, para a consolidação da presença da Coroa Portuguesa na região amazônica, frente às investidas de outros colonizadores, como os neerlandeses e os espanhóis. O forte foi a primeira construção onde seria o estado do Amazonas e, apesar de nunca ter assumido a função de defesa militar, pois não houve necessidade, foi um ponto inicial do processo colonial na região e um entreposto econômico, no qual vendiam-se escravizados e as chamadas “drogas do sertão” (cacau, anil, baunilha, gomas, resinas e óleos aromáticos). Em torno do forte, fixaram-se populações indígenas das etnias Manaós (inspiração para o batismo da capital amazonense), Barés, Banibas e Passes, que colaboraram com a construção do forte por intermédio dos religiosos portugueses, os quais eram promovedores da catequização dos indígenas da região. Na região do Rio Negro, a população branca era formada, principalmente, por militares que se fixaram como colonos ou moradores nas vilas coloniais durantes visitas administrativas ou missões de demarcações de limites (Domingues, 2000, p. 98-105 apud Guzmán, 2006, p. 65-66).

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DOI: 10.5151/9786555503265-15

Referências bibliográficas
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  • VICENTINI, Y. Cidade e história na Amazônia. Curitiba: Ed. UFPR, 2004.
Como citar:

SANTOS, Denis Moura dos; "A formação da população parda amazonense e o movimento pardo local: uma discussão sobre a identidade racial parda no Amazonas", p. 178-187. Conhecimento para quê? Conhecimento para quem?. São Paulo: Blucher, 2024.
ISBN: 9786555503265, DOI 10.5151/9786555503265-15