“Nem tão amigos que não possam ser inimigos”: o Brasil entre a “boa vizinhança” de Roosevelt e as ambições do Terceiro Reich
Thomaz, Danilo
Resumo:
“Inimigos? Não sei se os tenho. Mas se os tiver não serão jamais tão inimigos hoje que não possam vir a ser amigos amanhã.” Não se sabe se essa declaração foi dada com um charuto entre os dedos ou pressionado pelos dentes. Tampouco se a transcrição é literal. De todo modo, o significado é real e sintetiza o modo de fazer política de Getúlio Dornelles Vargas (1881-1954), o autor da frase e o homem que mais tempo governou o Brasil. Ao longo dos 19 anos em que esteve no poder – entre 1930 e 1945 e entre 1951 e 1954 –, Vargas consagrou um modo de fazer política baseado na administração de interesses contraditórios visando, grosso modo, o desenvolvimento do Estado burocrático brasileiro, da indústria nacional, da sua burguesia e da classe trabalhadora urbana.
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DOI: 10.5151/9786555502732-06
Referências bibliográficas
- Bielschowsky, R. (2007). Pensamento econômico brasileiro: O ciclo ideológico
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Como citar:
THOMAZ, Danilo; "“Nem tão amigos que não possam ser inimigos”: o Brasil entre a “boa vizinhança” de Roosevelt e as ambições do Terceiro Reich", p. 108-127. 80 anos da vitória na Grande Guerra Patriótica: memória, reconstrução e perspectivas. São Paulo: Blucher, 2025.
ISBN: 9786555502732, DOI 10.5151/9786555502732-06