Quem Tem Medo da Universalidade?
Jesus, Carlos Frederico Ramos de
Resumo:
Pedro Marques Neto, no texto “Multiculturalismo Liberal: um Oxímoro?”, parece não ter, e enfrenta a questão de maneira bastante analítica. Ele nota uma oposição entre a pretensão universalista do liberalismo e a tendência regionalista do multicul- turalismo. O liberalismo vê indivíduos como fontes morais últimas e universaliza esse pressuposto: o ser humano, qualquer que seja sua circunstância, tem uma série de direitos invioláveis e independentes do contexto em que ele se encontra. A autonomia do indivíduo, sua capacidade de se dar as próprias regras e de reger a própria vida, não pode depender de fatores como os desejos da comunidade em que ele vive, as decisões políticas das maiorias ocasionais do seu país, a vontade da sociedade etc. O multiculturalismo reivindica os direitos de grupos defenderem e manterem suas formas de vida em seus espaços.
101 downloads
DOI: 10.5151/9786555502688-10-comentario
Referências bibliográficas
- Appiah, Kwame A., 2005. The Ethics of Identity. Princeton (NJ): Princeton University.
- Habermas, Jürgen, 1998. “‘Razonable’ versus ‘Verdadero’ o la Moral de las Concepciones del Mundo”. In: Habermas, J. e Rawls, J. Debate sobre el Liberalismo Político. Barcelona: Paidós.
- Honneth, Axel, 2003. Luta por Reconhecimento. São Paulo: 34.
- Marques Neto, Pedro, 2025. “Multiculturalismo Liberal: Um Oxímoro?”.
- Rawls, John, 1995. Political Liberalism. New York: Columbia University.
- Rawls, John, 2001. “Social Unity and Primary Goods”. In: Collected Papers. Freeman, Samuel (org.). Cambridge (MA): Harvard University.
Como citar:
JESUS, Carlos Frederico Ramos de; "Quem Tem Medo da Universalidade?", p. 256-260. PósDebate: 10 anos: grupo de debates da pós-graduação da Faculdade de Direito da USP. São Paulo: Blucher, 2025.
ISBN: 9786555502688, DOI 10.5151/9786555502688-10-comentario