Aspectos de produção e percepção de estilos de elocução profissionais e não profissionais em quatro línguas
BARBOSA, Plínio A.
Resumo:
Ao fazer uma revisão dos trabalhos apresentados para oWorkshop on Integrating Speech and Natural Language, Llisterri (1992) apontavapara a diversidade de termos associados a estilo de elocução. Embora os estilosmajoritariamente mencionados fossem (e ainda são) os da fala lida e da fala espontânea,o estilo de elocução profissional fora citado para se referir à fala usada porjornalistas e professores em seu trabalho (DELGADO; FREITAS, 1991).
Essa variação de terminologia levou Eskénazi (1993) a proporuma definição de estilo de elocução (speaking style, em inglês) fundamentada naobservação de três dimensões de variação: grau de clareza, familiaridade eestrato social. A primeira dimensão vai do esforço mínimo à clareza máxima (depouco a muito inteligível, como da “leitura para criança” à “locução defutebol”), a segunda depende do grau de familiaridade entre os interlocutores(de familiar a não familiar, como de “falando a um amigo próximo” a “falando aum estranho”), enquanto que a terceira depende da situação e da diferença denível social entre os interlocutores (de baixo estrato a alto estrato, como de“conversa diária” a “conferência formal”).
21 downloads
DOI: 10.5151/9788580392593-03
Referências bibliográficas
- Argente, J. A. (1992). From speech to speaking styles. Speech Communication 11, 325-335.
- Barbosa, P. A. (2006) Incursões em torno do ritmo da fala. Campinas: Pontes/ Fapesp.
- Barbosa, P. A. (2012) Conhecendo melhor a prosódia: aspectos teóricos e metodológicos daquilo que molda nossa enunciação. Revista de Estudos da Linguagem (UFMG). 20 (1), p. 11-27.
- Barbosa, P. A. (2015). Temporal parameters discriminate better between read from narrated speech in Brazilian Portuguese. Proc. of the 18th International Congress of Phonetic Sciences, Glasgow, Reino unido: The Scottish Consortium for ICPhS 2015.
- Barbosa, P.; Madureira, S. (2016). Elicitation techniques for cross-linguistic research on professional and non-professional speaking styles. Proc. Speech Prosody 2016, 503-507.
- Barbosa, P. A., Mixdorff, H.; Madureira, S. (2011) Applying the quantitative target approximation model (qTA) to German and Brazilian Portuguese. Proc. of Interspeech 2011. Florença, Itália. Pp. 2065-2068.
- Barbosa, P. A.; da Silva, Wellington. (2012). A New Methodology for Comparing Speech Rhythm Structure between Utterances: Beyond Typological Approaches. In: H. Caseli et al. (Eds.): PROPOR 2012, LNAI 7243, pp. 329-337. Springer, Heidelberg.
- Barry, W. J. (1995). Phonetics ans Phonology of speaking styles. Proceedings of the International Congress of Phonetic Sciences, Estocolmo, 1995. v. 2, p. 4-10.
- Boersma. P.; Weenink, D. (2016). Praat: doing phonetics by computer. http://www.
- praat.org/.
- Delgado, M. R.- Freitas, M. J. (1991). Temporal structures of speech: ‘Reading news on TV’. In Proceedings of the ESCA Workshop Phonetics and Phonology of Speaking Styles: Reduction and Elaboration in Speech Communication. Barcelona, 1991. p. 19.1 -19.5.
- Deshaies-Lafontaine, D. (1974). A socio-phonetic study of a Québec French community: Trois-Rivières. Tese de Doutorado, Londres: University College London.
- Eskénazi, M. (1993). Trends in speaking styles research. Proceedings of the Europspeech 1993. Berlim, p. 501-509.
- Esling, J. H. (1991). Sociophonetic variation in Vancouver. In: J. Cheshire (Ed.) English around the world. Cambridge: Cambridge University Press. p. 123–133.
- Foulkes, P.; Docherty, G. J. (2006). The social life of phonetics and phonology. Journal of Phonetics. 34, 409-438.
- Henton, C.; Bladon, A. (1988). Creak as a sociophonetic marker. In: L. Hyman, & C. N. Li (Eds.). Language, speech and mind: Studies in honor of Victoria A. Fromkin. Londres: Routledge. p. 3–29.
- Higuchi, N.; Hirai, T.; Sagisaka, Y. (1997). Effects of speaking style on parameters of fundamental contour. In: van Santen, J. P. H.; Sproat, R. W.; Oliver, J. P; Hirschberg, J. (Ed.) Progress in Speech Synthesis. Nova York: Springer-Verlag, p. 417-428.
- Irvine, Judith, T. (2001). Style as distinctiveness: the culture and ideology of linguistic differentiation. In: Ecket, Penelope; Rickford, John. R. Style and sociolinguistic variation. Cambridge: Cambridge University Press. p. 21-43.
- Llisterri, J. (1992). Speaking styles in speech research. In ELSNET/SALT/ESCA Workshop Integrating Speech and Natural Language, p. 17--37, University College Dublin.
- Obin, N.; Lanchantin, P.; Lacheret, A.; Rodet, X. (2011). Discrete/Continuous Modelling of Speaking Style in HMM-based Speech Synthesis: Design and Evaluation. Proc. of Interspeech 2011, Florença, Itália.
- Sonntag, G.P.; Portele,T. (1998). PURR - a method for prosody evaluation and investigation. Journal of Computer Speech and Language, 12 (4), 437-451.
- Traunmüller, Hartmut; Anders Eriksson (2000). Acoustic effects of variation in vocal effort by men, women, and children. J. Acoust. Soc. Am. 107: 3438‑3451.
Como citar:
BARBOSA, Plínio A.; "Aspectos de produção e percepção de estilos de elocução profissionais e não profissionais em quatro línguas", p. 43-60. Prosódia da fala: pesquisa e ensino. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392593, DOI 10.5151/9788580392593-03