Ruínas de palavra: vida nua, estado de exceção e testemunho

Endo, Paulo Cesar;

Resumo:

Agamben elabora da seguinte maneira o empreendimento do livro Homo Sacer I: O Poder Soberano e a vida nua: “À pergunta: De que modo o vivente possui a linguagem? Corresponde exatamente àquela outra: De que modo a vida nua habita a polis?” (2002, p. 15). Depreendemos daí uma terceira formulação correlativa e derivada: De que modo a vida nua possui a linguagem? É essa formulação que nos obrigará a investigar como e em que sentido a vida nua – extremo da degradação da linguagem – pode habitar a polis – extremo fundacional da linguagem. O exemplo que orienta e ao qual visa Agamben, sabemos, são os campos de concentração nazistas. Aquelas condições que os possibilitaram e aquelas que nos impediram de viver sem eles.

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DOI: 10.5151/9786555502558-25

Referências bibliográficas
  • Agamben, G. Lo que queda de Auschwitz: el archivo y el testigo. Valencia: Pré-Textos, 2005.   Anzieu, D. A auto-análise de Freud e a descoberta do inconsciente. São Paulo: Artes Médicas, 1989.   Arendt, H. (1954) Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1997.
Como citar:

ENDO, Paulo Cesar; "Ruínas de palavra: vida nua, estado de exceção e testemunho", p. 439 -456. In: Psicanálise: Confins – Memória, Política e Sujeites sem Direitos. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502558, DOI 10.5151/9786555502558-25