Design e artesanato: a experiência do laboratório de design O Imaginário
ANDRADE, Ana ; Cavalcanti, Virginia
Resumo:
Embora artesanato e design tenham origens comuns, as corporações de ofício medievais, é possível afirmar que a transição entre os modelos de produção artesanal e a produção fabril geraram tensões que, ao longo dos anos, provocaram o distanciamento entre designers e artesãos. Tal posicionamento condicionou o design a lidar exclusivamente com o ambiente industrial, repercutindo nas estruturas dos cursos das principais escolas de design, influenciando a formação dos designers, inclusive, daqueles dos países periféricos.1 Por outro lado, os desafios provocados pela tecnologia, em especial a comunicação, modificando relações de espaço e tempo, colocam em evidência transformações nas relações entre o local e o global, influenciando a economia e os mercados, que passam a atribuir maior importância a cultura, as referências identitárias e, consequentemente, aos aspectos simbólicos dos artefatos. No Brasil, a defesa desses argumentos contou com o apoio de pesquisadores, dentre eles, Celso Furtado e Aloísio Magalhães.2 Furtado, economista, entendia a reflexão sobre a cultura brasileira como ponto de partida para o debate sobre as ações de desenvolvimento. Seus estudos deram origem à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que nos seus planos considerou a importância das manifestações culturais e do artesanato como atividades econômicas de impacto significativo para ocupação e fonte de renda. Nas diretrizes do I Plano Diretor da Sudene referente ao período (1961-1963), explicitou a necessidade de prestar assistência técnica e financeira ao grupo de produtores artesanais, com ações focadas no melhoramento técnico, apoio financeiro e comercialização do artesanato.
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DOI: 10.5151/9788580392661-23
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Como citar:
ANDRADE, Ana; CAVALCANTI, Virginia; "Design e artesanato: a experiência do laboratório de design O Imaginário", p. 295-306. Ecovisões projetuais: pesquisas em design e sustentabilidade no Brasil: pesquisas em design e sustentabilidade no Brasil. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392661, DOI 10.5151/9788580392661-23