ATIVIDADE ANTITIROSINASE E ANTIOXIDANTE DE <u>Myrsine coriacea</u> (SW.) R. BR. EX ROEM. &amp; SCHULT. (PRIMULACEAE)

Almeida, Emanoella S. de ; Moreno, Paulo Roberto H.

Resumo:

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. (Primulaceae) conhecida popularmente como capororoquinha ou capororoca, se destaca das demais por ser a espécie mais encontrada no Brasil, trata-se de uma espécie nativa de fácil adaptação, encontrada nas regiões Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Anteriormente foi evidenciado quanto à atividade anti-inflamatória, antimicrobiana, como também a identificação de ácidos mirsinoicos em cascas de seus caules, ramos e folhas, além de seus derivados semi-sintéticos. Vale ressaltar que são escassos de estudos sobre o perfil fitoquímico e as propriedades farmacológicas na literatura da espécie. Atualmente a indústria cosmética tem uma demanda de novos ativos naturais para o tratamento da hiperpigmentação. Assim, este trabalho teve como objetivos avaliar o potencial antitirosinase e antioxidante de extratos e frações de M. coriacea e identificar os possíveis compostos responsáveis por essas atividades. As partes aéreas da espécie vegetal foram coletadas em Osasco/SP. Os extratos brutos de folhas, frutos e caules foram preparados por maceração, durante 72 horas, em solução hidro-etanólica 70% seguido de turbólise. O solvente foi eliminado em rota-evaporador à vácuo e a umidade remanescente eliminada em chapa aquecida a 60oC. Os extratos brutos foram particionados por extração sólido-líquido com solventes de polaridades crescentes (hexano, clorofórmio e acetato de etila). A composição química das frações foi determinada por CG-EM. A determinação da capacidade antioxidante foi feita pelo método de sequestro do radical DPPH. A inibição da enzima tirosinase foi determinada pela oxidação de L-DOPA para dopacromo. Através da análise por CG-EM foi possível identificar 34 compostos nas frações das diferentes partes de M. coriacea. O hexadecanoato de etila e o ácido hexadecanóico foram os compostos majoritários. A atividade antioxidante das amostras variou entre 16,56 e 198,15 μg/mL, a maior atividade foi encontrada no extrato bruto dos frutos com CI50 de 16,56 ± 1,2 μg/mL. A capacidade de inibição da atividade tirosinase variou entre 40,94–10,21% para a concentração de 1 mg/mL de extratos e frações, o extrato bruto dos frutos foi o mais potente na inibição da enzima (40,94%), seguido da fração de acetato de etila do caule (38,83%) e da fração de clorofórmio do caule (34,93%). Das amostras testadas, o extrato bruto dos frutos, fração de acetato de etila e clorofórmio dos caules apresentaram um bom potencial antioxidante e inibidor da tirosinase, essas  amostras serão analisadas criteriosamente nas etapas seguintes desse estudo, com uma análise dos compostos químicos presentes nessas amostras, o teor de compostos fenólicos e flavonoides totais, em seguida será feito um ensaio in silico de acoplamento molecular, para direcionar os compostos bioativos que possivelmente serão considerados como candidatos a novos ativos contra a hiperpigmentação da pele.

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Bioquímica, quimica

DOI: 10.5151/9786555501407-14

Referências bibliográficas
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Como citar:

ALMEIDA, Emanoella S. de; MORENO, Paulo Roberto H.; "ATIVIDADE ANTITIROSINASE E ANTIOXIDANTE DE Myrsine coriacea (SW.) R. BR. EX ROEM. & SCHULT. (PRIMULACEAE)", p. 118-123. Workshop do Programa de Mestrado Profissional Tecnologia em Química e Bioquímica da USP - Vol. 2. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501407, DOI 10.5151/9786555501407-14