José Craveirinha e “Poesia de Combate”: A Construção da Moçambicanidade entre o Passado e o Futuro. José Craveirinha and “Combat Poetry”: The Construction of Mozambicanity between the Past and the Future

Wieser, Doris;

Resumo:

De acordo com a análise do filósofo moçambicano Severino E. Ngoenha, os mo­çambicanos encontram-se inseridos em duas historicidades diferentes: uma étnica (diferente para cada comunidade etnolinguística) e uma colonial (transversal a todas as comunidades do território de Moçambique). O presente ensaio questiona em que medida a poesia moçambicana, que surge no contexto da denúncia de injustiças colo­niaise do início da consciencialização nacionalista, lida com esta dualidade identitá­ria. As obras em estudo são Xigubo (1964), o primeiro livro de José Craveirinha, e o primeiro volume de Poesia de combate (1971), organizado pela FRELIMO. A análise aborda as divergentes propostas poéticas presentes nas duas obras e concentra-se, num segundo passo, na semantização das diferentes historicidades enfocando a re­presentação tanto do passado (étnico e colonial), como do presente, e as visões do futuro.

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DOI: 10.5151/9786555502435-10

Referências bibliográficas
  • LEITE, A. M. A poética de José Craveirinha. Lisboa: Veja, 1991. LOURENÇO, E. Do colonialismo como nosso impensado. Lisboa: Gradiva, 2014. MATUSSE, G. A construção da imagem de moçambicanidade em José Craveirinha, Mia Couto e Ungulani Ba Ka Khosa. Maputo: Universidade Eduardo Mon¬dlane, Livraria Universitária, 1998.
Como citar:

WIESER, Doris; "José Craveirinha e “Poesia de Combate”: A Construção da Moçambicanidade entre o Passado e o Futuro. José Craveirinha and “Combat Poetry”: The Construction of Mozambicanity between the Past and the Future", p. 181 -196. In: Ecos de Moçambique: Um século de José Craveirinha. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502435, DOI 10.5151/9786555502435-10