Um futuro sem origem: transmissão, autoridade e violência

Endo, Paulo Cesar;

Resumo:

Hoje, a história humana rapidamente vai perdendo espaço para a curta e imbecil história das máquinas. O último modelo que ridiculariza todos aqueles que vieram antes dele e que vociferam sempre, com o seu barulho metálico, o fim da história. À história humana compete seguir o mesmo destino que se dá aos modelos antigos e ultrapassados: a montanha de lixo tecnológico que só interessará aos pobres, que se matam entre metais tóxicos e pesados procurando algo para ingressar, pela porta dos fundos, na sempiterna história das máquinas. Nela, certamente, o historiador não será mais do que um mero usuário e a história, um mero apanágio daqueles que ainda lerão livros.

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DOI: 10.5151/9786555502558-10

Referências bibliográficas
  • Arendt, H. (2004). Responsabilidade pessoal sob a ditadura. In Arendt, H. Responsabilidade e Julgamento (79-111) São Paulo: Companhia das Letras.   Brun, D. (1996). A criança dada por morta: riscos psíquicos da cura. São Paulo: Casa do Psicólogo.   Duarte, A. (2001). Hannah Arendt entre Heidegger e Benjamin: a crítica da tradição e a recuperação da origem da política. In: Moraes, E. J. & Bignotto, N. (orgs.). Hannah Arendt: diálogos, reflexões, memórias (63-89). Belo Horizonte: Editora da UFMG.
Como citar:

ENDO, Paulo Cesar; "Um futuro sem origem: transmissão, autoridade e violência", p. 201 -214. In: Psicanálise: Confins – Memória, Política e Sujeites sem Direitos. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502558, DOI 10.5151/9786555502558-10