O Sintoma cerimonial compulsivo como uma linguagem
Martani, Silvana
Resumo:
Recebi uma estudante de 15 anos, em 2017, com um sintoma: lavava as mãos sistematicamente. O sintoma que a envergonhava e feria fisicamente, era repetido muitas vezes ao dia e vinha carregado de energia simbólica que o sujeito que o reproduzia não dava conta de interpretar. Neste capítulo verificamos o caso Maya, uma garota sul coreana que desenvolveu um sintoma cerimonial compulsivo. Para nossa verificação, iniciaremos com a demonstração de como o caso se apresentou, descrevendo as sessões iniciais, depois, observando como a analisanda reconheceu o espaço da análise, consecutivamente; abordando os diálogos com a família, pai e mãe, e, posteriormente, como o sujeito deu conta de observar o empréstimo simbólico que fez do desejo original recalcado à simbolização do gesto de lavar as mãos, arrefecendo o sintoma. Finalizamos nossa observação quando Maya precisou interromper o processo de análise em função do início da pandemia de Coronavírus/19.
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DOI: 10.5151/9786555503425-09
Referências bibliográficas
- JORGE, M. A. C. Fundamentos da psicanálise: de Freud a Lacan, volume 2: a clínica da fantasia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
- KRISTEVA, J. História da linguagem. Tradução de Margarida Barahona. Porto: Edições 70, 1974.
- MILLER, J.-A. Introdução à leitura do Seminário da Angústia de Jacques Lacan. Opção Lacaniana, Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, São Paulo: Eolia, n. 43, p. 7-81, 2005.
Como citar:
MARTANI, Silvana; "O Sintoma cerimonial compulsivo como uma linguagem", p. 252-275. Discurso, cultura e psicanálise - Vol. 6. São Paulo: Blucher, 2024.
ISBN: 9786555503425, DOI 10.5151/9786555503425-09