Infraestrutura e Finanças Verdes: Notas Sobre o Caso Brasileiro

Aguiar, Diana; Werner, Deborah;

Resumo:

Ao menos duas grandes questões constituem novidades e potenciais mudanças estruturais no futuro da agenda global de infraestrutura: a questão ambiental, traduzida nas agendas do desenvolvimento sustentável e das mudanças climáticas, mais especificamente na ideia de “neutralização do carbono”, e o financiamento do desenvolvimento, frequentemente reduzido à estruturação de ativos financeiros para a atração de capitais fictícios. Pode-se entender esses dois movimentos como processos de ambientalização e de financeirização da agenda global de infraestrutura, articulados em sua interface como um processo de “modernização ecológica” por meio da constituição de mercados “verdes” atrelados aos investimentos em infraestrutura. Como evidenciado neste capítulo, cabe aos Estados nacionais, às instituições multilaterais, às organizações privadas internacionais e aos agentes financeiros o papel de protagonistas na conformação dos desenhos regulatórios, institucionais, políticos e ideológicos que viabilizam esses mercados por meio de um processo mais adequadamente compreendido a partir da ideia de mobilidade de política.

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DOI: 10.5151/9786555502480-08

Referências bibliográficas
  • ACSELRAD, Henri. Desigualdade Ambiental, Economia e Política. Astrolabio Nueva Época, n. 11, p. 105-123, 2013. ACSELRAD, Henri. The “Environmentalization” of Social Struggles: The environmental justice movement in Brazil. Estudos Avançados, v. 24, n.68, 103-119, 2010. ACSELRAD, Henri. (org.). Conflitos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004.
Como citar:

AGUIAR, Diana; WERNER, Deborah; "Infraestrutura e Finanças Verdes: Notas Sobre o Caso Brasileiro", p. 205 -232. In: Finanças Verdes no Brasil: Perspectivas Multidisciplinares Sobre o Financiamento da Transição Verde. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502480, DOI 10.5151/9786555502480-08