Contornos Retóricos do Medo
Ferreira, Luiz Antonio;
Resumo:
Para quem tem medo, suco de amora é sangue. A memória, no caso, ancorada em impressões subjetivas, instaura uma verdade e vivencia a falácia da causa comum: dois acontecimentos são tomados como causa um do outro e não se leva em conta que ambos são causados por um terceiro. Alguns, mais frágeis, se estiverem em um cenário propício, podem desmaiar diante dessa impressão falaciosa, pois o medo, de algum modo, é o pai da invenção. Conta, para seu agir criativo, com a potencialidade grandiosa da mente humana, capaz de vivenciar um cenário singular de formas muito diversas, uma vez que a intensidade do medo é realçada pelo histórico de vida de cada um.
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DOI: 10.5151/9786555501018-08
Referências bibliográficas
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ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. São Paulo, Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.
ARISTÓTELES. Retórica das paixões. Introdução, notas e tradução do grego de Isis Borges B. da Fonseca. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Como citar:
FERREIRA, Luiz Antonio;
"Contornos Retóricos do Medo",
p. 114 -126.
In:
O Suscitar das Paixões: A Retórica de Uma Vida.
São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501018,
DOI 10.5151/9786555501018-08