Contornos Retóricos do Medo

Ferreira, Luiz Antonio

Resumo:

Para quem tem medo, suco de amora é sangue. A memória, no caso, ancorada em impressões subjetivas, instaura uma verdade e vivencia a falácia da causa comum: dois acontecimentos são tomados como causa um do outro e não se leva em conta que ambos são causados por um terceiro. Alguns, mais frágeis, se estiverem em um cenário propício, podem desmaiar diante dessa impressão falaciosa, pois o medo, de algum modo, é o pai da invenção. Conta, para seu agir criativo, com a potencialidade grandiosa da mente humana, capaz de vivenciar um cenário singular de formas muito diversas, uma vez que a intensidade do medo é realçada pelo histórico de vida de cada um.

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retórica, teoria literária

DOI: 10.5151/9786555501018-08

Referências bibliográficas
  • AMANO, Takao. Um dia na vida de um comunista. Revista Lua Nova, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 70-74, dec. 1985.
  • ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. São Paulo, Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.
  • ARISTÓTELES. Retórica das paixões. Introdução, notas e tradução do grego de Isis Borges B. da Fonseca. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Como citar:

FERREIRA, Luiz Antonio; "Contornos Retóricos do Medo", p. 114-126. O suscitar das paixões: a retórica de uma vida. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501018, DOI 10.5151/9786555501018-08