O Discurso de Valorização das Línguas Indígenas em Prólogos e Artes de Gramática Missionárias

Jesuita, Cristiano Silva;

Resumo:

O continente europeu assiste, entre os séculos XV e XVI, ao processo de gramatização2 e dicionarização das línguas nacionais (Cf. AUROUX, 2009). A produção de gramáticas e dicionários, nesse período, obedece, em grande medida, a imperativos políticos, econômicos e religiosos, entre eles, o movimento de consolidação do Estado Nação, o imperialismo ibérico – cuja célebre frase de Nebrija, siempre la lengua fue compañera del império, é o maior exemplo – e a contrarreforma da Igreja católica.

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DOI: 10.5151/9786555500844-08

Referências bibliográficas
  • ANCHIETA, J. Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Obras completas vol. 11. Edição fac-similar – Apresentação Carlos Drummond. Notas Pe. Armando Cardoso S.J. São Paulo, Loyola, 1990 [1595]. ARAÚJO. A. de. Catecismo na lingoa brasílica, no qual contém a suma as doctrina christã. Com tudo que pertence ao mysterio de nossa sancta fé e bõs costumes. Composto a modo de dialogo por padres doctos &bons línguas da companhia de IESU (1618). Emendado nesta segunda edição pelo padre Bartolomeu de Leam da mesma companhia. Lisboa, oficina de Michel Deslandes,1686. AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Ed. Unicamp, 2009.
Como citar:

JESUITA, Cristiano Silva; "O Discurso de Valorização das Línguas Indígenas em Prólogos e Artes de Gramática Missionárias", p. 137 -156. In: Itinerários Investigativos História das Ideias Linguísticas: Apropriação e Representação. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555500844, DOI 10.5151/9786555500844-08