Evolução do empenho inovativo das ETS no Brasil ao longo dos anos 2000

BARROSO, Liliane Cordeiro ; Hasenclever, Lia ; Lacerda, Antônio Corrêa de

Resumo:

A maior exposição brasileira à concorrência internacional, a partir da década de 1990, gerou a expectativa de que as empresas estrangeiras incrementassem a competitividade do país através de esforços tecnológicos internos. Neste contexto, era esperado que o ingresso do investimento direto externo (IDE) promovesse tanto uma maior concorrência quanto trouxesse consigo modernização e tecnologias, cujo efeito transbordamento elevaria o nível de conhecimento e de desenvolvimento tecnológico da atividade produtiva local. Porém, argumentam De Negri e Laplane (2009) que os investimentos das empresas transnacionais (ETs) em países em desenvolvimento, com poucas capacitações tecnológicas, estariam mais associados à adaptação de produtos. Os investimentos mais “nobres” do ponto de vista da geração de conhecimentos e externalidades seriam feitos nos países mais desenvolvidos e com tradição tecnológica.
Assim, o nível tecnológico da atividade produtiva a ser realizada no exterior dependeria, além de fatores internos à empresa, das condições apresentadas pelo país de destino do investimento, em especial, pelo seu sistema nacional de inovação (SNI)5, ressaltando-se: seu nível de estabilidade macroeconômica de preços e regras, e de toda a sua base institucional, planejada ou não, que visasse apoiar e estimular a realização de investimentos em tecnologia (ARAÚJO, 2005).

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DOI: 10.5151/9788580392470-08

Como citar:

BARROSO, Liliane Cordeiro; HASENCLEVER, Lia; LACERDA, Antônio Corrêa de; "Evolução do empenho inovativo das ETS no Brasil ao longo dos anos 2000", p. 141-168. Desenvolvimento brasileiro em debate - Vol. 1. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392470, DOI 10.5151/9788580392470-08