“Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, e a Interseccionalidade: um Discurso Extemporâneo?

Castanho, Eli Gomes ; Viviani, Fabrícia Carla

Resumo:

Este texto nasce de uma indagação que nós, na condição de leitores contemporâneos de “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (nas referências à obra, utilizaremos a sigla QD), fizemo-nos durante a leitura dessa obra, datada dos anos 50. Nela, Carolina Maria de Jesus — moradora da extinta favela do Canindé, a primeira de São Paulo, engolida pelo “progresso” logo nos anos 60 — registra em seu diário o sofrível cotidiano de catadora de papel. Em seu texto, ela parece catar, também, retratos daquela vida por meio do gênero diário: “Parece que vim ao mundo predestinada a catar. Só não cato a felicidade” (QD, p. 81).

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Discurso, Cultura e Negritude

DOI: 10.5151/9786555501445-07

Referências bibliográficas
  • AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.(Col. Feminismos Plurais).
  • ALMEIDA, S. L. Prefácio à edição brasileira de ‘Armadilhas da Identidade: Raça e Classe nos dias de hoje’. São Paulo: Veneta, 2019.
  • COMBAHEE RIVER, C. Manifesto do Coletivo Combahee River. Tradução: PEREIRA, S; GOMES, L. Plural - Revista de Ciências Sociais, v. 26, n. 1, p. 197-207, 10 jul. 2019.
Como citar:

CASTANHO, Eli Gomes; VIVIANI, Fabrícia Carla; "“Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, e a Interseccionalidade: um Discurso Extemporâneo?", p. 173-200. Discurso, cultura e negritude - Vol. 4. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501445, DOI 10.5151/9786555501445-07