Atos Retóricos: Do Medo e da Confiança

Ferreira, Luiz Antonio;

Resumo:

Deixar-se ver pelo discurso é uma forma de exercitar, pelo ato retórico, uma impressão sobre o mundo. A exposição do ethos, pois, é a representação intencional de um orador para atingir propósitos argumentativos bem definidos no ato da inventio. Nesse sentido, o orador conforma-se, ou não, ao habitus da sociedade em que vive seu auditório com o propósito de movê-lo, quer pela exaltação da razão – faculdade humana constitutiva de “verdades” no discurso – quer pela fecundidade imensurável de paixões que podem ser mobilizadas em um ato retórico (actio). De modo definitivo, então, em retórica, um homem é pelo que deixa transparecer em seu discurso. 

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DOI: 10.5151/9786555501018-07

Referências bibliográficas
  • ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural/Atlas, 1979. ARISTÓTELES. Retórica. Tradução e notas de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. (Coleção Folha. Grandes nomes do pensamento; v. 1). BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Como citar:

FERREIRA, Luiz Antonio; "Atos Retóricos: Do Medo e da Confiança ", p. 100 -113. In: O Suscitar das Paixões: A Retórica de Uma Vida. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501018, DOI 10.5151/9786555501018-07