Subjetividades em redes: a falha como constitutiva de sentidos

Silva, Amanda Batista da ; Amorim, Márcia Fonseca de

Resumo:

A análise de discurso materialista, que tem como precursor Michel Pêcheux a partir da obra Análise automática de discurso (1969), ao fazer interface com os estudos psicanalíticos, traz uma abordagem teórica centrada na relação sujeito/ideologia/inconsciente. O sujeito, nessa perspectiva, é considerado não como uno, completo e dono do seu dizer, mas clivado, incompleto, dividido, suscetível à falha e interpelado por uma dada ideologia. Para Lacan, o inconsciente se estrutura como linguagem, o que equivale a dizer que sem ela o sujeito não se significa e não significa o mundo em que vive. A opacidade da linguagem se constrói na relação que se estabelece entre sujeito, ideologia e inconsciente, em que a falha e a incompletude movimentam os dizeres e os efeitos de sentido promovidos por eles. Visa-se, por meio do entrelaçamento entre os campos de investigação propostos como aporte teórico, apresentar uma reflexão sobre a constituição do sujeito pelo inconsciente e pela ideologia que, atravessado pela história, produzirá sentidos materializados no discurso. Para tanto, é preciso explorar um pouco mais a proposta teórica que embasa este estudo.

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Psicanálise, linguagem, cultura, Discurso, Sintoma

DOI: 10.5151/9786555503425-06

Referências bibliográficas
  • FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga A. Sampaio. São Paulo: Loyola, 2005.
  • HENRY, P. A ferramenta imperfeita: língua, sujeito e discurso. Tradução de Maria Fausta P. de Castro. Campinas: Editora da Unicamp, 1992.
  • MARIANI, B.; MAGALHÃES, B. Lacan. In: OLIVEIRA, L. A. (Org.). Estudos do discurso: perspectivas teóricas. São Paulo: Parábola, 2013.
Como citar:

SILVA, Amanda Batista da; AMORIM, Márcia Fonseca de; "Subjetividades em redes: a falha como constitutiva de sentidos", p. 164-191. Discurso, cultura e psicanálise - Vol. 6. São Paulo: Blucher, 2024.
ISBN: 9786555503425, DOI 10.5151/9786555503425-06