Das diferenças constitutivas

Guirado, Marlene

Resumo:

A recorrência de aspectos referentes ao desenvolvimento da sexualidade em outros trabalhos de Freud, exige-nos uma argumentação de que as hipóteses psicanalíticas são um recorte possível da dimensão psicológica que nos constitui. Não é nosso trabalho, por estratégia de pensamento, tomar a parte pelo todo, nem considerar as teorias freudianas como um conhecimento completo e global sobre a questão de gênero. Aliás, tomar Freud como  explicação para tudo o que se pode chamar subjetividade é tão abusivo como negar-lhe a condição de, ao seu tempo e ao seu contexto, ter construído um discurso sobre o psicológico que pode surpreender por sua coerência interna e por afirmações que avançam, e muito, além dos discursos do século passado e deste (por que não?). Vide o simples fato de colocar num discurso que se pretendia científico, a homossexualidade, as perversões, os delírios e a própria sexualidade como derivações do que se viveu (como normal). Ora, é a pinçar esses aspectos para que possamos conhecer seu trabalho, que nos dedicamos no estudo do desenvolvimento da sexualidade, desde a infância.

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Psicanálise, Sigmund Freud, psicologia do desenvolvimento

DOI: 10.5151/9786555502534-06

Referências bibliográficas
  • Freud, S. (1924). A dissolução do complexo de Édipo. Edição Standart Brasileira das obras completas de Sigmund Freud, XIX. (J. Salomão, Trad.) Rio de Janeiro: Imago.
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  • Freud, S. (1924/1976). A perda da realidade na neurose e na psicose (Vol. XIX). (J. Salomão, Trad.) Rio de Janeiro: Imago.
  • Freud, S. (1924/1976). Neurose e Psicose (Vol. XIX). (J. Salomão, Trad.) Rio de
  • Janeiro: Imago.
Como citar:

GUIRADO, Marlene; "Das diferenças constitutivas", p. 59-66. Desenvolvimento afetivo na psicanálise de Freud: um recorte possível. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502534, DOI 10.5151/9786555502534-06