Atos Retóricos e Identidade Feminina: A Mulher que Era “Aquilo”

Ferreira, Luiz Antonio;

Resumo:

Qualquer mulher, se encarnada, é mulher de verdade? A resposta óbvia seria um gritante sim, pois o fato de estar no mundo revela a existência verdadeira de um ser que tem vida e presença física comprováveis. Na canção popular, porém, o “de verdade” pode não se contrapor ao “de mentira”, mas, sim, ser sinônimo de perfeita ou a construção subjetiva de alguém que, envolto pela paixão, vivencia uma confusão entre o sensível e o inteligível, entre o individual e o social. Pode encerrar uma saudade, enfeitada pela memória, de uma mulher que simbolizava Eros, de modo platoniano, como uma força grande e poderosa com imensa capacidade mediadora e unitiva.

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DOI: 10.5151/9786555501018-06

Referências bibliográficas
  • ALBALADEJO, Tomás M. Retórica. Madrid: Sintesis, 1991. ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 8. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: Educ, 1999. 436 p. CALAME, Claude. Eros na Grécia antiga. São Paulo: Perspectiva, 2013.
Como citar:

FERREIRA, Luiz Antonio; "Atos Retóricos e Identidade Feminina: A Mulher que Era “Aquilo” ", p. 87 -99. In: O Suscitar das Paixões: A Retórica de Uma Vida. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501018, DOI 10.5151/9786555501018-06