Revisitando os modelos de segurança: complexidade, redes e construtivismo

Le Coze, Jean-Christophe;

Resumo:

Compreendemos agora que o campo é muito amplo. Por conseguinte, o caráter multidimensional e ocorrencial do acidente maior pode causar uma certa perplexidade. São inúmeras as possibilidades de lançar luz sobre a segurança industrial reivindicadas por várias disciplinas e tradições de pesquisa, e são até mesmo desejáveis. No entanto, ao multiplicar essas contribuições potenciais, surge também a sensação de que podemos de alguma forma perder o objeto e, consequentemente, o projeto de avaliação. Os esforços anteriores para matizar as contribuições dentro das quatro categorias propostas, a sugestão de identificar possibilidades de convergência e religação por meio dos atores, situações e artefatos ou ainda a identificação de um tema comum em torno da “construção da segurança” são alguns dos primeiros passos. Mas ainda não está necessariamente claro onde tudo isso vai chegar. Como fazer para que o especialista em políticas públicas, o sociólogo organizacional, o ergonomista ou o engenheiro possam se entender quando cada um deles traz consigo seus próprios conceitos, estudos de caso, experiências ou métodos?

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788521221197-05

Referências bibliográficas
  • Boin, A., & Schulman, P. (2009). Assessing NASA’s safety culture: The limits and possibilities of high-reliability theory. Public Administration Review, 68(6), 1050-1062. Bolle de Bal, M. (2003). Reliance, déliance, liance: Émergence de trois notions sociologiques. Société, 80, 99-131. Boltanski, L. (1990). Sociologie critique et sociologie de la critique. Politix, 3(10-11), 124-134.
Como citar:

LE COZE, Jean-Christophe; "Revisitando os modelos de segurança: complexidade, redes e construtivismo", p. 179 -240. In: Trinta anos de acidentes: A nova face dos riscos sociotecnológicos. São Paulo: Blucher, 2023.
ISBN: 9788521221197, DOI 10.5151/9788521221197-05