Conclusão
Gisi, Bruna
Resumo:
Ao longo dos capítulos e a partir das interpretações desenvolvi¬das, busquei demonstrar que o isolamento institucional de adolescentes consiste em um conjunto de práticas sustentadas pelo trabalhado interpretativo dos atores que produzem essa medida rotineiramente como fato objetivo das organizações que a executam. O caráter factual e objetivo da medida de internação deixa de ser o pressuposto da análise para ser concebido como o resultado das ativida¬des socialmente organizadas e racionalmente relatáveis dos atores. O objetivo da análise foi, portanto, defender que a medida de internação como fato é uma realização contínua, situada e prática dos atores que se orientam pela afirmação de sua objetividade. E é precisamente pela exibição e pelo reconhecimento da ra¬cionalidade das ações e decisões e pela afirmação da objetividade de seus deter¬minantes que os atores garantem uns para os outros que a medida de internação como fato não é o resultado das atividades práticas, locais e contingentes de sua realização. Compreendo que este é um mecanismo fundamental da manutenção desse conjunto de práticas como objeto existente no mundo.
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DOI: 10.5151/9786555501209-05
Referências bibliográficas
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Como citar:
GISI, Bruna; "Conclusão", p. 249-256. A Racionalidade Prática da Privação de Liberdade: Um Estudo da Execução da Medida Socioeducativa de Internação em São Paulo: Um Estudo da Execução da Medida Socioeducativa de Internação em São Paulo. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555501209, DOI 10.5151/9786555501209-05