Tudo Me É Lícito, Mas Nem Tudo Me Convém: Liberdade, Phronesis e Logos nos Discursos Aforísticos

Ferreira, Luiz Antonio

Resumo:

Neste texto, iremos discutir os aforismos como recursos para a criação de evidências em atos retóricos. Inicialmente, refletiremos sobre uma questão fundamental para o entendimento da eficácia retórica: quais são os “poderes” do aforismo no ato retórico? Na segunda parte do texto, nos empenharemos na busca de resposta para uma outra questão mais específica: qual o poder do aforismo para a consolidação do ato retórico moralmente considerado? Essa questão envolve o discurso virtuoso ou viciante de oradores que, em nome de uma verdade constituída solidamente pelo discurso instituinte, a revelam com força de axioma que faz florescer uma hermenêutica muito singular sobre o ser ou o estar no mundo. Para muitos, os aforismos, por sua potencialidade retórica, revelam-se previamente como verdades. Mostraremos que são apenas verossímeis e, por isso, persuasivos.

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análise do discurso, retórica

DOI: 10.5151/9786555501612-05

Referências bibliográficas
  • ANGIONI, Lucas. Phronesis e virtude do caráter em Aristóteles: comentários a Ética a NicômacoVI. Dissertatio, 34, 303–345, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/dissertatio/article/view/8706. Acesso em 28 de setembro 2021.
  • ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Introdução Goffredo Telles Júnior. Tradução Antônio Pinto de CARVALHO. Rio de Janeiro: Editora Ediouro - Tecnoprint, 1979.
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Como citar:

FERREIRA, Luiz Antonio; "Tudo Me É Lícito, Mas Nem Tudo Me Convém: Liberdade, Phronesis e Logos nos Discursos Aforísticos", p. 69-82. Inteligência retórica: o logos. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501612, DOI 10.5151/9786555501612-05