Museus, Cultura Burguesa e Design

Resumo:

Museus são instituições que ganharam um significado especial depois de movimentos sociais que objetivaram o estabelecimento de uma nova ordem burguesa. Até a derrubada da monarquia francesa pela Revolução de 1789, e antes de seus desdobramentos culturais, não se imaginava um museu como instituição aberta a uma visitação

pública ou coisa semelhante. Bibliotecas e outras formas de ordenação do conhecimento não eram também espaços abertos a um público genérico. Foi com as revoluções burguesas que surgiu a demanda por uma democratização da informação. Mas os museus são elementos um pouco mais tardios nesse processo e, compreende-se isso, pois muitos se originaram da preservação do que era considerado luxo e ostentação das classes apeadas do poder pelos movimentos sociais reformistas ou revolucionários. Assim foi com o Museu do Louvre e, mais tarde, com o Hermitage de São Petersburgo, ou Leningrado, na antiga União Soviética. Cedo ou tarde, toda revolução social moderna incorporou objetos e imaginário das antigas ordens a uma classificação especial de conhecimento, muitas vezes chamada de ‘cultura’, de ‘objetos clássicos’ e outras denominações, preconceituosas em sua essência, uma vez que consideravam não só que tais coisas deveriam ser especialmente consideradas como também que seu verdadeiro significado seria compreendido apenas pelos novos iniciados no conhecimento gerado pela 
crítica burguesa.

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a, t, e, r, S

DOI: 10.5151/9788521218944-05

Referências bibliográficas
  • 1. Richard Riemerschmid (1868–1957). Alemanha. Designer e arquiteto. Frequentou a Academia de Belas-Artes de Munique entre 1888 e 1890, sob supervisão de Gabriel Hackl e Ludwig von Löfftz. Entre 1913 e 1924, foi diretor da Kunstgewerbeschule München, que se fundiu com a Academia de Belas Artes em 1946. Entre 1926 e 1931, foi professor e diretor da Kölner Werkschulen, faculdade de arte e design, precursora da Kunsthochschule für Medien Köln. Como arquiteto, ele é conhecido sobretudo pelos seus projetos de casas: a sua própria casa em Munique, a Villa Fieser em Baden-Baden [1902–03]; a Villa
  • Fischel em Kiel [1904–05]; a Villa Frank em Göttingen [1906] e a casa de campo de Fritz Frank em Witzenhausen [1906]. Uma grande contribuição para a arquitetura Jugendstil foi o interior da Schauspielhaus em München [1901] que inicialmente foi um teatro e posteriormente uma sala para concertos de câmara.
Como citar:

"Museus, Cultura Burguesa e Design", p. 252-305. Karl Heinz Bergmiller: um designer brasileiro. São Paulo: Blucher, 2019.
ISBN: 9788521218944, DOI 10.5151/9788521218944-05