A Força do bom Exemplo

Coutinho, Doris De Miranda

Resumo:

A sociedade sempre espera altos padrões morais de seus líderes políticos e daqueles que conduzem os assuntos públicos. Platão, ao elaborar a sua clássica teoria de governo, a Guardiania, já assinalava que a direção do estado deveria estar entregue a indivíduos que detivessem uma virtude superior, moral e intelectual. Por isso dizer-se que a relação existente entre governantes e governados é assente na fidúcia (mandato fiduciário), ou seja, na confiança de que aqueles que foram escolhidos para representar a vontade do povo irão fazê-lo da melhor forma possível. Infelizmente, esse patamar ético ideal não encontra ressonância na realidade 

brasileira. O vínculo de confiabilidade, tão essencial à legitimidade do governo, encontra-se cada vez mais enfraquecido pelos sucessivos episódios de corrupção e 
mau uso do dinheiro coletivo.

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DOI: 10.5151/9788580393415-05

Referências bibliográficas
  • ROSANVALLON, Pierre. La contrademocracía: la política en la era de la desconfianza. Buenos Aires: Manantial, 2015. Uma abordagem holística sobre a melhor forma de enfrentar a corrupção leva em conta o comprometimento político público e demonstrável por líderes políticos contra a corrupção, independentemente de quem estiver envolvido”. MCCOURT, Willy. Efficiency, integrity and capacity. In: The World Bank. Performance accountability and combating corruption. Washington, DC, 2007.
Como citar:

COUTINHO, Doris De Miranda; "A Força do bom Exemplo", p. 103-110. Finanças Públicas: Travessia entre o Passado e o Futuro: Travessia entre o Passado e o Futuro. São Paulo: Blucher, 2018.
ISBN: 9788580393415, DOI 10.5151/9788580393415-05