UMA FORMA DE VER AS COISAS DO MUNDO

CIPINIUK, Alberto;

Resumo:

Além da forma sistemática como os pares do campo ocultam que a prática do design é uma prática social comum52, querendo com isso dar um estatuto de superioridade à sua prática social, por conta dessa confusão entre o comum coletivo e o comum como qualquer coisa ordinária e insignificante, criou-se um dos maiores mitos mantidos e reproduzidos, o do design como uma forma superior de ver as coisas do mundo e, do mesmo modo, considerar que essa competência ou especialidade dá ao designer um estatuto social hierarquicamente superior às demais profissões, isto é, uma forma radical ou definitiva de autolegitimação.Ora, todos sabemos que tradicionalmente o designer trabalha sob demanda, isto é, ele é um mero empregado53 e raramente dono de um escritório que vende projetos que concebeu por conta própria e que se examinarmos essa questão profundamente, também nunca é por conta própria.

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DOI: 10.5151/9788580392685-05

Como citar:

CIPINIUK, Alberto; "UMA FORMA DE VER AS COISAS DO MUNDO", p. 84 -89. In: O campo do design e a crise do monopólio da crença. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392685, DOI 10.5151/9788580392685-05