Unidos “Na Força do Ódio”: Identidades Coletivas forjadas a Partir do Ódio ao Outro

Ferreira, Rafael da Silva Marques

Resumo:

Objetivo compreender como a simbologia ambígua que tais discursos promovem pode mobilizar afetos, criar e consolidar laços e identidades coletivas. Para tal, proponho um diálogo com o pensamento dos filósofos Judith Butler (2021, 2021a) e Mikhail Bakhtin (1981,2011), e do linguista Dominique Maingueneau (2008, 2014) principalmente. A partir de algumas noções e categorias que propõem – o dialogismo constitutivo dos enunciados concretos, o signo ideológico e sua não fixação semântica; o discurso de ódio e a consequente formação de grupos supremacistas a partir dele; thesaurus; particitação; e a responsabilidade do sujeito que enuncia/cita/atualizaos discursos odiosos – busco construir uma argumentação a fim de lançar luz sobre a atual situação social brasileira que influencia, forte e diretamente, o jogo político e, assim, esperançosamente, contribuir para sua transformação.

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LINGUISTICA, análise do discurso, comunicação e cultura

DOI: 10.5151/9786555502107-04

Referências bibliográficas
  • BUTLER, Judith. Preface to the Routledge Classics Edition. In: Excitable Speech. Nova Iorque: Routledge, 2021a.
  • FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar Edições, 2010.
  • FREUD, Sigmund. A repressão. In: Obras Completas - volume 12. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 61-112.
Como citar:

FERREIRA, Rafael da Silva Marques; "Unidos “Na Força do Ódio”: Identidades Coletivas forjadas a Partir do Ódio ao Outro", p. 93-118. Discurso, cultura e vulnerabilidade linguística - Vol. 5. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502107, DOI 10.5151/9786555502107-04