Resumo:

As pesquisas sobre a língua portuguesa e outras línguas faladas no sul do Brasil limitaram-se inicialmente a breves registros dialetológicos, seja no levantamento de variantes lexicais para fins de publicação na forma de glossários, seja na elaboração de trabalhos monográficos como exigência para a formação acadêmica no âmbito dos programas de pós-graduação em Letras e Linguística em seus primeiros anos de existência, a partir da década de 1970. Citam-se como exemplos dessas pesquisas: a publicação de Mortara (1950) sobre as línguas indígenas e de imigrantes em Santa Catarina; o estudo do dialeto trentino de pomeranos em Santa Catarina (BONATTI, 1968); a tese de doutorado de Vandresen (1971), que trata dos aspectos fonético-fonológicos do alemão westfaliano de Rio Fortuna/SC; a publicação de Koch (1974) sobre os falares alemães no Rio Grande do Sul; os estudos conduzidos por Bunse (1975, 1978) relativamente aos dialetos italianos no Rio Grande do Sul e à etnografia linguística do cultivo de uva e produção de vinho na serra gaúcha; o estudo etnolinguístico do português falado por pescadores no litoral do Paraná (MERCER, 1979); os estudos de Frosi e Mioranza (1983) sobre os dialetos italianos da região de colonização italiana no Rio Grande do Sul; os estudos e a publicação de Furlan (1989) sobre o português açoriano no litoral de Santa Catarina, entre outros.