O Ensino de Produção Textual com Foco no Processo: a Versão Textual da Ação Retórica

Mesquita, Ricardo Ugeda ; Flocco, Rosíris

Resumo:

O trabalho com as palavras é sempre um desafio. Apesar de encantadoras, as palavras são, também, perturbadoras por trazerem em si um caráter polissêmico e dependerem de um usuário competente e de um intérprete não menos eficaz. As palavras mais simples vêm carregadas de posicionamentos, sentimentos, visões de mundo e opiniões. Assim, na escrita, estamos muito ligados às nossas palavras pelo impulso de comunicar e transmitir as significações que brotam de nós mesmos a fim de alcançar o

outro, nosso auditório. Quem fala quer persuadir, ainda que diga que não. Quem escreve quer persuadir, também, por meio de seu texto. Diante disso, a retórica impõe-se como a arte de persuadir um auditório. O discurso oratório é essencialmente dialético e persuasivo. Por conseguinte, a retórica alia-se com a produção escrita e tem a dialética como elemento componente. Afinal, como afirma Tringali (2014, p. 22): “Tudo que é discutível é dialético”. Assim, a persuasão e a dialética são 
partes integrantes do processo de escrita.

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DOI: 10.5151/9788580393675-04

Referências bibliográficas
  • ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. BARTHES, R. A Retórica Antiga. In COHEN, J.et al. Pesquisas de Retórica. Petrópolis: Vozes, 1975, p. 147-224. BAZERMAN, C. Retórica da ação letrada. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. CAVALCANTE, M. M.; CUSTÓDIO FILHO, V.; BRITO, M. A. P. Coerência, referenciação e ensino. São Paulo: Cortez, 2014.
Como citar:

MESQUITA, Ricardo Ugeda; FLOCCO, Rosíris; "O Ensino de Produção Textual com Foco no Processo: a Versão Textual da Ação Retórica", p. 51-61. Retórica, Escrita e Autoria na Escola. São Paulo: Blucher, 2018.
ISBN: 9788580393675, DOI 10.5151/9788580393675-04