Análise de Discurso, Psicanálise e Topologia em Lacan: pontos, contrapontos e enodamentos

Análise de Discurso, Psicanálise e Topologia em Lacan: pontos, contrapontos e enodamentos

Lamberte, Maria Tereza Martins Ramos;

Resumo:

A inspiração deste ensaio advém, primeiramente, pela auspiciosa proposição já contida no convite feito pelo grupo de pesquisa e estudo Discurso e Cultura, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que vetoriza a interdisciplinaridade entre a Análise de Discurso e a Psicanálise, convidando pesquisadores interessados “em aliar corpora variados”. Desde este primeiro momento acendem-se alguns pontos a serem considerados em perspectiva. Inicialmente, consideramos a díade interdisciplinar, mas que poderíamos considerar transdisciplinar, no tocante às fronteiras epistemológicas entre as áreas, ou mesmo seus campos. Em Análise de Discurso, o Materialismo Histórico e a Psicanálise, desde os anos sessenta na França, voltaram-se às buscas por constituir quadros metodológicos para formalização de dispositivos analíticos de leitura dos discursos, da localização e da discriminação dos sujeitos envolvidos em práticas sociais diversas. Já aí podemos recolher questões instigantes e irredutíveis, tais como: mas de que sujeito se trata em cada abordagem? É possível situar epistemológica e conceitualmente noções como sujeito e discursos, a partir destas referências, sem que se incorra em riscos, sejam de reducionismos, ou mesmo, o que seria pior, desvios ou equívocos?

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A inspiração deste ensaio advém, primeiramente, pela auspiciosa proposição já contida no convite feito pelo grupo de pesquisa e estudo Discurso e Cultura, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que vetoriza a interdisciplinaridade entre a Análise de Discurso e a Psicanálise, convidando pesquisadores interessados “em aliar corpora variados”. Desde este primeiro momento acendem-se alguns pontos a serem considerados em perspectiva. Inicialmente, consideramos a díade interdisciplinar, mas que poderíamos considerar transdisciplinar, no tocante às fronteiras epistemológicas entre as áreas, ou mesmo seus campos. Em Análise de Discurso, o Materialismo Histórico e a Psicanálise, desde os anos sessenta na França, voltaram-se às buscas por constituir quadros metodológicos para formalização de dispositivos analíticos de leitura dos discursos, da localização e da discriminação dos sujeitos envolvidos em práticas sociais diversas. Já aí podemos recolher questões instigantes e irredutíveis, tais como: mas de que sujeito se trata em cada abordagem? É possível situar epistemológica e conceitualmente noções como sujeito e discursos, a partir destas referências, sem que se incorra em riscos, sejam de reducionismos, ou mesmo, o que seria pior, desvios ou equívocos?

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/9786555503425-03

Referências bibliográficas
  • AGAMBEN, G. O que é ser contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.
    BERLINCK, M.T. A noção de subjetividade na Psicopatologia Fundamental. Revista Latino Americana psicopatologia fundamental, São Paulo, v. 13, n. 4, 2010.
    BADIOU, A. Para uma nova teoria do sujeito: conferências brasileiras. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1999.
Como citar:

LAMBERTE, Maria Tereza Martins Ramos; "Análise de Discurso, Psicanálise e Topologia em Lacan: pontos, contrapontos e enodamentos", p. 70 -99. In: Discurso, Cultura e Psicanálise - Volume 6. São Paulo: Blucher, 2024.
ISBN: 9786555503425, DOI 10.5151/9786555503425-03